Representantes do “Pacto pela Restauração da Mata Atlântica” realizaram um encontro técnico nesta terça-feira (29), na sede do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), em Cariacica, com o objetivo de integrar e cadastrar as ações de restauração da cobertura florestal no Espírito Santo. A partir desta reunião, será elaborada uma nova metodologia de cadastramento, que será aplicada em outros estados brasileiros.
O evento teve como tema “A cadeia Produtiva de Restauração da Mata Atlântica no Espírito Santo - Oportunidades e Desafios” e reuniu representantes da Vale, Fibria, Suzano, Instituto Verde Brasil, Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica (Ipema), Instituto de Biodiversidade (Ibio), Prefeitura de Santa Teresa, Instituto Guaiamum, Instituto Capixaba de Ecoturismo, entre outros.
Em virtude dos projetos para recuperação e preservação da Mata Atlântica que já vem sendo realizados no Espírito Santo, tanto por ONGs como pela iniciativa privada e o poder público, o Estado foi escolhido como sede do primeiro encontro técnico promovido pelo movimento nacional.
O Mapa de Áreas Potenciais para Restauração Florestal, desenvolvido e publicado pelo Pacto em abril de 2009, aponta que a área do bioma Mata Atlântica no Espírito Santo é de mais de 4,5 milhões de hectares, sendo que cerca de 1 milhão de hectare apresenta grande potencial para restauração florestal.
De acordo com o coordenador do Conselho de Coordenação do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, Miguel Calmon, a reunião serviu para internalizar o Pacto no Estado e cadastrar as iniciativas capixabas.
“Traçamos uma nova metodologia de cadastro que será aplicada em outros estados e regiões do Brasil. A reunião também serviu para que conhecêssemos melhor os trabalhos realizados aqui. Foi uma grande oportunidade de definirmos como o Pacto pode integrá-los e promovê-los”, comentou.
As iniciativas do Governo do Estado foram apresentadas pelo gerente de Recursos Naturais do Iema, Marcos Sossai, que palestrou sobre os projetos ProdutorES de Água e Florestas para Vida e por Gerusa Bueno, coordenadora do Corredores Ecológicos, uma parceria entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), por meio do Iema, com o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Estes projetos e programas contribuem para que o Estado cumpra a meta estabelecida pelo seu Plano de Desenvolvimento, que é atingir a marca de 16% de cobertura vegetal nativa até 2025. Atualmente, segundo dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o índice é de 11%.
As ações estão sendo desenvolvidas pela Seama, por meio do Iema, em parceria com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca (Seag), entre outras pastas do Governo, sendo que algumas iniciativas contam com doações internacionais e parcerias com empresas privadas.
A ideia é integrar estas iniciativas ao Pacto pela Restauração da Mata Atlântica visando resultados mais sólidos e significativos. O cadastramento de projetos é uma das principais ações do movimento, pois tem o intuito de conhecer estratégias e metodologias de restauração, identificar desafios locais para viabilizar iniciativas com qualidade e em larga escala, e definir diretrizes gerais para a restauração ecológica na região, com foco na meta do Pacto, que é o de restaurar 15 milhões de hectares até 2050.
O sistema de cadastro pode ser acessado pelo website www.pactomataatlantica.org.br, por meio do qual é possível acompanhar e monitorar os esforços em prol da restauração florestal, além de compartilhar experiências e avaliar resultados entre os membros executores de projetos.
Ao realizarem o cadastro, as organizações receberão o livro “Referencial de Conceitos e Ações de Restauração da Mata Atlântica”, documento que reúne as metodologias e modelos de projetos de recuperação da Mata Atlântica.
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