Governo do Estado do Espírito Santo
08/03/2010 12h02 - Atualizado em 05/10/2016 17h05

ProdutorES de Água comemora um ano com o reconhecimento de novos proprietários rurais

Quarenta proprietários rurais de municípios localizados nas bacias dos rios Benevente e Guandu já foram reconhecidos pelo projeto ProdutorES de Água por prestarem serviços ambientais . No mês em que completa um ano de execução, produtores de Alto Rio Novo e Mantenópolis também passam a ser remunerados por preservarem áreas estratégicas para as águas do principal rio da região, o São José.

A solenidade de pagamento por serviços ambientais do projeto na bacia do Rio São José, acontece nesta terça-feira (09), às 10 horas, no Centro Comunitário Dom Aldo Germa, no centro de Mantenópolis. Na ocasião, será feita pelo Governo do Estado, a entrega simbólica dos cheques a oito novos produtores de água. A soma dos valores é igual a R$ 5.816 ao ano, para um total de 40,94 hectares de área preservada.

Estarão presentes ao evento o governador Paulo Hartung a secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Maria da Glória Brito Abaurre, e a diretora-presidente do Instituto Estadual do Meio Ambiene e Recursos Hídricos (Iema), Sueli Passoni Tonini.

O produtor rural Antonio Leopoldo Gomes aderiu ao projeto recentemente. Ele sempre teve certeza de que preservar era necessário e manteve intacto 4,05 hectares de sua propriedade, localizada em Mantenópolis. Agora, passa a receber do Governo do Estado R$ 608,30, ao ano, por isso.


Daniela Klein

O produtor rural Antonio Leopoldo Gomes preservou 4,05 hectares de sua propriedade e passa a ser reconhecido pelo ProdutorES de Água.



“Plantamos para nosso sustento, já que vendemos frutas na feira e investimos também na produção de flores, mas nos preocupávamos em como poderíamos contribuir preservando. Hoje, uma parte de nossa renda virá daquilo que mantivemos preservado”, afirmou.

No município de Alto Rio Novo, o proprietário rural José Inácio Moreira, orgulha-se da mata de 1,17 hectares que possui em sua propriedade e irá lhe render R$ 306,99 ao ano.

“Não participo do programa por causa do dinheiro, mas por querer fazer o que é certo. Queria ajudar o meio ambiente. Já sofremos com a falta de água. Imagine como será daqui a 20 anos? As pessoas podem até não acreditar, mas muitas vezes a chuva cai em minhas terras enquanto a um quilometro daqui está tudo seco”, comentou.


Amanda Amaral

“Não participo do programa pelo dinheiro, mas por querer fazer o que é certo”, afirma o produtor José Inácio Moreira.



ProdutorES de Água

O Governo, por meio da Seama e do Iema, já investiu R$ 80 mil em Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) para a proteção de aproximadamente 600 hectares de floresta nativa que contribuem para a melhoria da qualidade e disponibilidade hídrica das regiões onde o ProdutorES de Água atua.

A estréia do projeto também marcou o primeiro Pagamento por Serviços Ambientais feito por um Estado no Brasil, mecanismo de remuneração instituído como política pública para dar valor econômico à floresta preservada, utilizando recursos do Fundo de Recursos Hídricos (Fundágua) provenientes de 3% dos royalties de petróleo e gás e compensação financeira do setor hidroelétrico.

O município de Alfredo Chaves foi o primeiro a receber o ProdutorES de Água, inserido na Bacia Hidrográfica do Rio Benevente, em 19 de março de 2009. O projeto avançou para as bacias dos rios Guandu e São José, afluentes da bacia do Rio Doce. Em dezembro, os produtores de Brejetuba e Afonso Cláudio, na bacia do Guandu, foram remunerados. Assim como nas regiões anteriores, os trabalhos na bacia hidrográfica de São José foram iniciados nas partes mais altas, identificadas inicialmente nos municípios de Alto Rio Novo e Mantenópolis.

ProdutorES de Água conta com a parceria de: prefeituras de Alfredo Chaves, Afonso Cláudio, Brejetuba, Alto Rio Novo e Mantenópolis, Agencia Nacional das Águas (ANA), Instituto BioAtlântica (Ibio), Secretaria de Agricultura, Aqüicultura, Abastecimento e Pesca (Seag), do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo (Bandes) e de Comitês de Bacia Hidrográficas.

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Daniela Klein
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Texto: Amanda Amaral
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