Governo do Estado do Espírito Santo
03/11/2011 16h28 - Atualizado em 05/10/2016 17h13

Primeira RPPN reconhecida pelo Iema comemora cinco anos

Contando com o ato voluntário de dois proprietários rurais de Alfredo Chaves, que preservaram mais de 55 hectares de matas em seu terreno, há cincos foi criada a primeira Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) reconhecida pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), a RPPN Oiutrem, localizada na região de Matilde.

Esta Unidade de Conservação (UC) foi oficializada no dia 03 de novembro de 2006, por meio de publicação no Diário Oficial do Espírito Santo. A partir de então, o Iema reconheceu outras 20 RPPNs. Antes, era necessária autorização do Governo Federal para que elas fossem criadas.

Jovane Romanha e Vânia Caus adquiriram 58,10 hectares de floresta na região de Matilde, em uma altura aproximada de 700 metros. A rica biodiversidade do local contribuiu com a vontade do casal de transformar a área em uma reserva privada.

Vânia explica que seu objetivo era contribuir para redução do desmatamento e garantir a proteção dos remanescentes florestais. “É muito boa a sensação de estar fazendo a nossa parte, garantindo a qualidade de vida de futuras gerações na Terra. Os desafios são grandes, mas temos certeza de que estamos no caminho certo. Criar esta reserva foi uma grande experiência, porém é apenas o começo. A utopia de um mundo melhor é possível”, afirma.

Com a criação de uma RPPN, a área preservada ganha caráter perpétuo, ou seja, a preservação da mata é garantida por Lei para sempre. Estas reservas são consideradas estratégicas para a criação de Corredores Ecológicos, contribuindo para o aumento da cobertura florestal, e possuem como objetivo principal a conservação da diversidade da fauna e flora de uma região.

RPPN Ouitrem

A Reserva Particular do Patrimônio Natural Oiutrem trabalha o ecoturismo visando ao desenvolvimento sustentável da região aliado à conservação da natureza. O local é disponibilizado para estudos de mestrados e doutorados nas áreas de hespetofauna (répteis e anfíbios) e entomologia (insetos).

No local, também é feita a criação da melípona capixaba, espécie de abelha nativa, sem ferrão, responsável por boa parte da polinização da Mata Atlântica.

A reserva também difunde a agricultura orgânica, tema de interesse da população local, que em sua maioria participa do conselho da Oiutrem Instituto Ambiental (OIA), ONG responsável pela gestão do lugar e que presta serviços voluntários às comunidades do entorno.

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Texto: Linda de Abreu
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