Governo do Estado do Espírito Santo
28/11/2008 18h39 - Atualizado em 05/10/2016 16h52

O futuro da Bacia do Rio Doce começa a ser discutido no Espírito Santo e em Minas Gerais

O combate ao assoreamento e à poluição das águas por esgoto doméstico em uma região onde 70% da população é urbana. Este é apenas um dos desafios que os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais terão que enfrentar para recuperar e preservar uma das mais importantes fontes de recursos minerais do Brasil, a Bacia do Rio Doce. O diagnóstico do Rio Doce já está sendo levado às comunidades mineiras e será apresentado no Espírito Santo, nos dias 03 e 04 de dezembro, por meio de reuniões públicas nos municípios de Afonso Cláudio e Colatina, respectivamente, das 8 às 12 horas.

Os dados sobre a atual situação do Doce foram levantados no estudo nominado “Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (PIRH-Doce)”, contratado em conjunto pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (Iema), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e Agência Nacional de Águas (ANA), e elaborado pelo Consórcio Ecoplan-Lume, com o apoio dos Comitês de Bacia Hidrográfica.

De acordo com a Analista de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Iema, Aline Keller Serau, este é um momento em que a participação da sociedade é fundamental porque o diagnóstico da bacia é uma importante etapa do Plano Integrado.

“Precisamos que as comunidades participem discutindo e contribuindo para ajustes e novas informações. Ainda vamos passar por outras duas etapas que, igualmente, contarão com reuniões públicas. Uma, em que serão projetados os futuros possíveis cenários das regiões drenadas pelo Rio e seus afluentes, e outra onde serão propostos os planos de ações para a bacia”.

PIRH-Doce
O Plano é uma ferramenta de gestão das águas e contemplará metas comuns para a Bacia do Rio Doce, a proposição de intervenções que deverão ser empreendidas, diretrizes para a implementação dos instrumentos de gestão, além da proposta de um arranjo institucional do sistema de gestão da Bacia, a montagem de investimento e um roteiro de implementação do plano.

O documento contemplará a Bacia do Rio Doce, incluindo seis bacias afluentes mineiras e três no Espírito Santo. A previsão de conclusão é para o segundo semestre de 2009 e, o horizonte de planejamento para a implantação dos programas e ações é de 10 anos.

A Bacia do Rio Doce
Área da bacia: 86.715 km²
Extensão do curso principal (Rio Doce): Aprox. 850 km
Principais rios afluentes ao Rio Doce: Carmo, Piracicaba, Santo Antônio, Corrente Grande, Suaçuí Grande, Casca, Matipó, Caratinga/Cuieté e Manhuaçu (em Minas Gerais); São José, Pancas, Guandu, Santa Joana e Santa Maria do Rio Doce (no Espírito Santo).
Nº de municípios na bacia: 230 municípios
População na bacia: Aproximadamente 3.307.000 habitantes
Principais atividades econômicas: Mineração, Siderurgia, Silvicultura, Agropecuária e Agroindústria.
Principais problemas relacionados à gestão dos recursos hídricos: Contaminação por esgotos domésticos, industriais e por agrotóxicos, erosão, assoreamento e inundações.

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