Governo do Estado do Espírito Santo
18/06/2012 13h18 - Atualizado em 05/10/2016 17h24

Mudas de espécies nativas são plantadas nas dunas do Parque de Itaúnas

O Instituto Estadual de Recursos Hídricos (Iema) iniciou o plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica nas dunas do Parque Estadual de Itaúnas, em Conceição da Barra. A ação faz parte da segunda fase do processo de restauração da vegetação no local, que teve inicio no dia 11 de junho.

O projeto tem o objetivo de restaurar a vegetação de restinga, destruída após o incêndio ocorrido em 2007. A estimativa é que aproximadamente 1,5 hectares sejam recuperados, assim como ocorreu na primeira etapa.

Durante o processo, serão utilizadas algumas técnicas que irão auxiliar na restauração, como a cerca quebra-vento e a plantação de exemplares de capim Vetiveria zizanioides, para reduzir a ação do vento sobre as mudas. Também será utilizado o polímero de acrilamida (hidrogel) e cocos secos, que ajudam na absorção da água, evitando o impacto causado na vegetação pelo excesso de sol.

Os recursos necessários para a restauração, como mão de obra, material para construção da cerca e insumos, são provenientes da conversão de multas e de condicionantes ambientais de licenças emitidas pelo Iema. A área que será restaurada receberá monitoramento por dois anos.


Histórico

A devastação da restinga ao longo dos anos fez com que a areia invadisse regiões como a Antiga Vila de Itaúnas, hoje soterrada. Atualmente, parte das dunas tem avançado sobre a estrada de terra localizada no interior da unidade. A vegetação de restinga também foi impactada com o incêndio ocorrido no Parque de Itaúnas em 2007.
Por isso, no final de 2008 o Iema elaborou um projeto para conduzir a regeneração natural da restinga e, consequentemente, reduzir o avanço da areia.

Foram necessários três anos para recuperar uma área de 1,5 hectares. Desse total, 75% da vegetação sobreviveram. Em 2011, o projeto foi apresentado na cidade de Mérida, no México, durante o 4º Congresso Mundial sobre Restauração Ecológica.

A bióloga do Iema, Schirley Costalonga, participou do evento e disse que representantes de outros países se interessaram pelas técnicas empregadas pelos analistas do Iema. “Os iranianos e afegãos, por exemplo, convivem com o mesmo problema. Eles se interessaram bastante pelas técnicas utilizadas para restauração”, conta.

Informações à Imprensa:
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Texto: Vil Rangel
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