Governo do Estado do Espírito Santo
18/07/2011 15h19 - Atualizado em 05/10/2016 17h12

Mercado de Crédito de Carbono é tema de debate em Vitória

Pesquisadores e cientistas de todo o Brasil se reuniram nesta segunda-feira (18) para debater os mecanismos de redução de emissões de gases do efeito estufa e questões legais referentes ao Mercado de Crédito de Carbono, em um encontro que contou com a participação de representantes do setor privado, do poder público e de ONGs.

O III Simpósio de Mercado de Carbono foi realizado no Hotel Senac Ilha do Boi, em Vitória, pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), por meio do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), em parceria com o Inceri.

A abertura do evento contou com a participação do vice-governador Givaldo Vieira; do presidente do Iema Aladim Fernando Cerqueira; do diretor presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) Evair Vieira; do representante do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas Neilton Videlis; do presidente do Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas Rodrigo Lorena; do presidente do Inceri Gilberto Álvares, entre outros.

O vice-governador Givaldo Vieira reafirmou o compromisso do Governo em trabalhar na recuperação da cobertura florestal no Espírito Santo. “O Governo tem grande preocupação com a questão ambiental e desde que assumiu tem se dedicado a reposicionar o Estado quanto aos desafios colocados pelo desenvolvimento”, disse Givaldo Vieira.

O lançamento do Programa Estadual de Ampliação da Cobertura Florestal foi lembrado pelo vice-governador. “A meta é recuperar 30 mil hectares até o fim do governo Casagrande. Para isso será necessário investimento de R$ 200 milhões. Outras ações importantes que serão colocadas em prática são: a organização do mercado de crédito de carbono no Estado e o inventário de gases do efeito estufa. O objetivo é inserir o Espírito Santo no mercado internacional do crédito de carbono”, afirmou.

O diretor presidente do Iema, Aladim Fernando Cerqueira, ressaltou a importância do Estado do Espírito Santo ter instituído a Política Estadual de Mudanças Climáticas. “Duas vertentes nos preocupam. A primeira delas, com relação aos efeitos das mudanças climáticas, que de forma perceptível vem nos atingindo. Em janeiro, o Governo assumiu compromissos em virtude das chuvas que afetaram municípios capixabas e já enfrentamos problemas com relação ao déficit hídrico no Norte do Estado. Faz parte do planejamento estratégico deste Governo, e de forma importante, a elaboração de um Plano de Combate aos Efeitos das Mudanças Climáticas, com ações que envolvem desde a mitigação de problemas causados pela seca até conflitos pelo uso da água”, disse Aladim.

Outra questão relevante é a responsabilidade quanto à emissão de gases do efeito estufa. “Estamos prevendo mecanismos de transformação das emissões em créditos de carbono. É importante que o público presente neste evento esteja alinhado com esta discussão, por isso, este debate é essencial. A responsabilidade da sociedade capixaba com relação ao tema é grande e será cada vez mais pontuada”, explicou Aladim Cerqueira.

Cinco painéis direcionaram os debates: “Desdobramentos da COP 16 e previsões para a COP 17 na África do Sul”, “Organização do mercado brasileiro de carbono – regulamentação e práticas do mercado de carbono no Brasil”, “Adaptação às mudanças climáticas – papel das entidades públicas e da sociedade civil”, “Agricultura de baixo carbono e projetos florestais de carbono – REDD e REDD+” e “O papel das empresas na transição para uma economia de baixo carbono no Brasil”.

Especialistas renomados no assunto participaram das discussões. Entre eles, o economista e ambientalista, Sérgio Besserman Vianna, o engenheiro agrônomo Marco Antonio Fujihara; o presidente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono (ABEMC), Flavio Rufino Gazani; a gerente de projetos da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Natalie Unterstell, e o representante da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Marcos Heil Costa.

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