Governo do Estado do Espírito Santo
15/10/2011 16h06 - Atualizado em 05/10/2016 17h13

Iema participa da primeira soltura de pingüins no litoral do ES

Neste sábado (15), por volta das 11 horas, doze pinguins-de-magalhães, que encalharam em praias do Espírito Santo, deram início à viagem de volta ao seu habitat natural, a Patagônia. Os animais foram soltos no litoral de Anchieta durante operação inédita, que envolveu representantes do Governo do Estado e de ONGs, além de voluntários. Esta foi a primeira vez que este processo de soltura ocorreu na costa capixaba.

A jornada das aves teve início às 4h30 após serem acondicionadas. Depois, seguiram para Iriri, onde foram embarcadas em uma escuna e soltas em mar aberto por volta das 11 horas. Contando com as refeições de sexta-feira (14), cada uma delas ingeriu aproximadamente 40 peixes para garantir reserva de energia.

A ação foi considerada bem sucedida. “Eles tinham que alcançar a corrente marítima para facilitar o regresso. Ficamos apreensivos, mas ocorreu tudo bem. Foi uma oportunidade de ver como eles se comportam durante a soltura para aprimorar este processo”, explica a coordenadora do Grupo de Fauna do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), a bióloga Tainan Bezerra Oliveira.

Desde 2006 os pingüins têm chegado ao litoral do Espírito Santo em quantidade considerável. Em 2010, foi criada uma parceria entre o Iema, Ibama e ONGs para a reabilitação daqueles que encalham em praias capixabas.

“A partir desta articulação foi possível elaborar uma estratégia para que a soltura ocorresse na costa do Espírito Santo. Antes, isto era feito em São Paulo ou no Rio Grande do Sul, o que encarecia os custos e aumentava o estresse dos animais, o principal problema, já que a imunidade das aves costuma baixar diminuindo as chances de sobrevivência”, explicou Tainan.

Todos os pinguins estavam marcados com anilhas de metal e poderão ser identificados durante o percurso até a Patagônia por pesquisadores que, eventualmente, os encontrarem. A expectativa era de que 13 destes animais fossem soltos, porém um deles não possuía condições físicas para a viagem.

Em breve, uma nova operação será realizada em Iriri para possibilitar o regresso das aves que ainda se encontram em reabilitação no Estado e que estão alojadas em um terreno cedido por uma empresa privada, localizado próximo ao Farol de Santa Luzia, em Vila Velha.

A mobilização em prol da conservação destes animais é uma iniciativa do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), em conjunto com a Voz da Natureza; o Instituto Jacarenema de Proteção Ambiental (INJAPA); e a Windive.Também há apoio do Iema e do Ibama, que contribuem dando suporte para um melhor atendimento aos pingüins enquanto estão no Espírito Santo.

Além da bióloga do Iema, Tainan Bezerra, as biólogas Renata Bhering e Laila Medeiros e o veterinário Luís Felipe Mayorgea, todos do Ipram, acompanharam todo o processo de soltura neste sábado (15).


Amanda Amaral




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