Com base nos resultados da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), a secretária estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Maria da Glória Brito Abaurre, e o secretário de Desenvolvimento, Guilherme Dias, anunciaram, na tarde desta quinta-feira (27), que o Governo do Estado irá sugerir à Companhia Siderúrgica Vitória (CSV) – uma joint-venture entre a Vale e a chinesa Baosteel, a ser implantada em Anchieta – relocalizar o empreendimento em outro município do Litoral Sul do Espírito Santo. Dentre as sugestões estariam Itapemirim e Presidente Kennedy.
Isso porque, pelo estudo, dois fatores preocupam o Governo do Estado quanto à localização da siderúrgica na cidade de Anchieta: os recursos hídricos e os atmosféricos. No primeiro caso, o aumento da demanda por conta da instalação dos empreendimentos do Pólo Industrial e de Serviços de Anchieta, e o aumento da demanda do abastecimento público e para a agricultura ultrapassaria o limite máximo outorgável, e até mesmo se aproximaria do limite físico do rio.
Já no caso dos recursos atmosféricos, a AAE apontou que com o funcionamento integral, dos empreendimentos previstos para o Pólo Industrial e de Serviços de Anchieta, haveria elevações significativas das concentrações de Partículas Totais em Suspensão (PTS) e de Partículas Inaláveis (PI) na cidade de Anchieta, onde atualmente as concentrações são de baixa magnitude.
“O Governo do Estado acha viável a implantação de cada um dos empreendimentos previstos no Pólo Industrial de Anchieta. A combinação deles, em um lugar só, apesar de trazer vantagens econômicas, interfere no desenvolvimento sustentável”, disse o secretário Guilherme Dias.
A secretária Maria da Glória destacou que o estudo aponta um cenário já crítico em recursos hídricos e atmosféricos na região e, dentro da atual configuração, não haveria disponibilidade suficiente de água a partir de 2018.
“Vale ressaltar que o Governo do Estado quer a Baosteel. Nós sabemos que o projeto é de elevado nível de controle de emissão e que gera um significativo número de empregos. A restrição é a região onde se pretendia instalar a siderúrgica, que está no limite dos recursos naturais”, explicou a secretária.
Mesmo com a saída da siderúrgica do Pólo, Dias ressaltou que os projetos do Pólo irão prosseguir, porém dentro de uma configuração diferente. “Os empreendimentos na área de petróleo e gás devem ganhar um peso maior por conta das perspectivas de produção na camada do pré-sal”, lembrou.
Avaliação e PóloA AAE é um instrumento base para o planejamento de políticas públicas e de gestão estratégica de investimentos. Ela fornece elementos essenciais para a elaboração de planos, programas e projetos com vista à gestão de impactos e potencialização de investimentos na região.
A configuração inicial do Pólo Industrial e de Serviços de Anchieta consistia na implantação de uma série de projetos, como: a expansão da Samarco Mineração, a construção da CSV, a Unidade de Tratamento de Gás (UTG Sul), porto e retroárea da Petrobras, porto de águas profundas, ramal da Ferrovia Litorânea Sul e, ainda, um condomínio para instalação de empresas correlatas e de apoio.
Com os resultados da AAE, o Governo do Estado aposta e dará prosseguimento no desenvolvimento desses projetos na cidade de Anchieta, porém, em um novo modelo, por conta da saída da CSV.
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