Governos do Espírito Santo e Minas Gerais assinaram com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) o convênio da ‘Rede de Sementes Florestais do Entorno do Caparaó e Bacia do Itapemirim’, uma ação conjunta, que visa a recuperar áreas degradadas do entorno do Parque Nacional do Caparaó, e firmaram com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), um termo de cooperação técnica para o início de uma parceria na gestão do Parque Nacional do Caparaó.
O evento aconteceu nesta quarta-feira (02), no Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Ufes, no município de Jerônimo Monteiro e reuniu diversas autoridades dos municípios do entorno do Caparaó e estaduais, representantes da sociedade civil . Um encontro que, de acordo com o presidente do ICMbio, Rômulo Mello, espelha a importância da coalizão. “O Caparaó é um patrimônio de todos. O ICMbio é o gestor do Parque, que esta entre dois estados e do qual a sociedade faz parte”.
Em seu pronunciamento, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, José Carlos de Carvalho, destacou que o Caparaó um marco geográfico que separa o território mineiro do capixaba. “O convênio é uma demonstração de que o Caparaó é mais um traço de união entre Minas Gerais e o Espírito Santo. Assim como estamos trabalhando em relação ao Rio Doce, elaborando um plano diretor que inclui os afluentes dos dois estados, no Caparaó vamos somar, sem os tradicionais limites físicos e políticos”.
Já a secretária do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo, Maria da Glória Brito Abaurre, declarou que o Espírito Santo tem orgulho de ser sede de parte significante do Parque Nacional do Caparaó. “Acreditamos que começamos um diálogo para potencializar o desenvolvimento sustentável do entorno do Parque. Com este evento se celebra a possibilidade dos dois Estados participarem mais da gestão do Parque e ainda criarmos ferramentas para estruturar a recuperação florestal do seu entorno”.
Maria da Glória também ressaltou que este é o início de um trabalho difícil e de longo prazo e que só vai dar certo se futuras administrações não interromperem o programa ou mudarem o plano. E o vice-reitor da Ufes, Reinaldo Centoducate, pontuou: “Esperamos que a Ufes possa ser o porto seguro deste projeto da ‘Rede de Sementes Florestais do Entorno do Caparaó e Bacia do Itapemirim’. Com o quadro de professores e pesquisadores permanentes, trabalhar e cobrar a continuidade”.
A Rede de sementes
O convênio da ‘Rede de Sementes Florestais do Entorno do Caparaó e Bacia do Itapemirim’ irá possibilitar a produção de sementes e mudas de qualidade. Por ele, potenciais propriedades para produção de sementes de espécies nativas serão identificadas por imagens de satélite da região, e seus proprietários serão convidados a participar do programa, receberão capacitação e mudas.
Este grupo seleto dará origem a uma rede de venda de sementes certificadas e, com a garantia de qualidade do produto, será um braço forte no combate ao comércio clandestino de sementes. As ações do convênio irão possibilitar a estruturação de um laboratório de sementes no CCA com capacidade de beneficiar sementes de aproximadamente 250 espécies nativas e um herbário, que irá receber mais de 500 espécies de mudas da Mata Atlântica e auxiliar a identificação de sementes.
Informações à Imprensa:
Comunicação Iema/Sema
Daniela Klein/ Amanda Amaral
(27) 3136-3491/ 9977-1012
meioambiente.es@gmail.com