O Espírito Santo vai contar com um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, que fará a caracterização e identificação da origem das partículas sedimentáveis, a conhecida poeira. O Centro faz parte do Projeto para Caracterização da Poeira no Estado, coordenado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Vale dentre outras instituições.
Segundo a diretora técnica do Iema, Sueli Passoni Tonini, o projeto é importante para que se possa caracterizar de onde vem a poeira da Grande Vitória e a contribuição de cada agente poluidor. “Esses dados servirão para embasar uma legislação capixaba nesse sentido, pois em nenhum Estado brasileiro se tem isso. Seremos pioneiros ao construir essa legislação, o que vai contribuir com nossas ações” informa Sueli.
Os detalhes do Centro de Pesquisa estão sendo acordados entre os parceiros e a coordenação ficará a cargo da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado.
Projeto
O projeto teve origem no início deste ano com a implantação da Rede de Monitoramento do Ar, que conta com 22 pontos instalados na Grande Vitória para fazer a coleta das partículas sedimentáveis.
Os primeiros lotes de amostras serão caracterizados em um laboratório dos Estados Unidos, devido à inexistência no Brasil de um local que realize este tipo análise. O trabalho será conduzido por professores do Departamento de Engenharia Ambiental da Ufes, contratados pela Fundação Espírito Santense de Tecnologia (Fest) e terá supervisão do Iema.
Os recursos para o desenvolvimento do projeto de caracterização e quantificação da partícula sedimentável total, e a estruturação do Centro de Pesquisa serão rateados entre as empresas instaladas na região da Grande Vitória e no município de Anchieta, já que essas possuem taxas de emissão de material particulado total significativas. O repasse para dar início à nova fase será feito pela empresa Vale.
Próximos passos
Em um segundo momento, as análises devem migrar para o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento. Nessa fase do projeto, haverá não somente a caracterização e quantificação das partículas sedimentáveis, mas também o desenvolvimento de novas metodologias de amostragem, avaliação da percepção da população, ações de controle e estabelecimento de padrões e limites de emissão, proporcionando ao Instituto mais subsídios para o controle.
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