Governo do Estado do Espírito Santo
07/05/2013 17h36 - Atualizado em 05/10/2016 17h21

Diretor presidente do Iema apresenta planos de ação do Governo em reunião do GTI Respira Vitória

Nesta terça-feira (07), o diretor presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Claudio Denicoli, apresentou, durante a 10ª reunião do Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) Respira Vitória, as ações de monitoramento da qualidade do ar na Grande Vitória, os projetos de controle das emissões atmosféricas e os planos de ação do Governo do Espírito Santo voltados para o controle da poluição atmosférica desenvolvidas pelo órgão com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população.

Os temas abordados por Denicoli foram a pesquisa sobre o incômodo causado pela poeira à população, em andamento desde o início deste ano; a revisão dos padrões dos poluentes regulamentados, objetivo final da criação do GTI Respira Vitória pela Câmara de Vereadores da Capital; a atualização do Inventário de Fontes da Grande Vitória; a complementação dos estudos que caracterizam a poeira e a implantação de um programa de inspeção das emissões veiculares.

Iema ouve população sobre incômodo causado pela poeira

Moradores de 518 domicílios na Grande Vitória localizados nas imediações das estações da Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar do Iema foram visitados durante o verão por entrevistadores que aplicaram questionários sobre o incômodo causado pela poluição atmosférica. A pesquisa inclui igual número de visitas domiciliares durante o inverno, além de entrevistas mensais por telefone durante um ano.

O objetivo do Iema é saber o quanto a população se sente incomodada com a poluição e estabelecer uma relação entre essas informações e os níveis de deposição de poeira, medidos nas estações. Com o cruzamento desses dados, pode-se conhecer quais níveis podem ser considerados como tolerados pela população. Os mesmos poderão ser utilizados para o estabelecimento de padrões de qualidade do ar que irão nortear ações de controle do órgão ambiental junto às fontes de emissão de poeira – construção civil, pedreiras, indústrias, veículos etc.

Ouvir a população ao longo de um ano se faz necessário porque a presença da poeira nas casas varia conforme as estações do ano, as quais alteram as condições que interferem na dispersão da poeira, como intensidade e direção do vento, chuva, dentre outros parâmetros.

Após um ano de questionários domiciliares – uma semana durante o verão e outra durante o inverno – e pesquisas mensais aplicadas por telefone, as informações coletadas serão enviadas para pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que elaboraram o questionário e realizarão a análise dos dados.

Revisão dos padrões dos poluentes regulamentados

De acordo com os padrões estabelecidos pela resolução Conama Nº 03 de 1990 devem ser monitorados as Partículas Totais em Suspensão (PTS); Partículas Inaláveis (PM10); Ozônio (O3); Dióxido de Nitrogênio (NO2); Monóxido de Carbono (CO) e Dióxido de Enxofre (SO2).

O Governo do Espírito Santo continua exigindo melhoria contínua dos sistemas de controle de emissões. A meta não é se manter dentro dos padrões do Conama 03/1990, e sim, atender ao máximo as expectativas da sociedade capixaba quanto à qualidade do ar. Na Grande Vitória a qualidade do ar é considerada boa pela legislação vigente, uma vez que os poluentes medidos nas estações de monitoramento nunca ultrapassaram os limites, mas o Estado quer atingir índices que atendam à perspectiva da população.

Assim, dentro do GTI Respira Vitória e em demais estudos, o Iema está avaliando a adoção de padrões mais rigorosos e mais próximos aos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Com o estabelecimento de novos padrões, o órgão ambiental poderá exigir um controle ainda mais rigoroso das fontes emissoras desses poluentes.

Ações para reduzir emissões veiculares e da construção civil

Durante a apresentação, o diretor presidente do Iema anunciou que o órgão irá atualizar o inventário de fontes de emissões na Grande Vitória, que quantifica a emissão de poluentes atmosféricos dos principais emissores – indústrias, ressuspensão de vias, escapamentos de veículos, pedreiras, construção civil.

As informações nortearão novas ações de controle ambiental que vão além do licenciamento de empreendimentos e fiscalização. “Nenhum Estado deste país tem processos de licenciamentos ambientais tão criteriosos e rigorosos como os do Espírito Santo. Mas estamos ampliando as ações de controle. Já iniciamos reuniões com o Sinduscon, com o objetivo de reduzir as emissões da construção civil. Além disso, o Iema elaborou um Plano de Controle de Poluição Veicular que prevê, dentre outras ações, inspeções veiculares. Vamos, junto a outras instituições, implantar esse plano, iniciando pelos veículos da frota do Governo”, completou Denicoli.


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