Uma programação especial, no dia 14 de junho, marcará o sétimo aniversário do Monumento Natural Serra das Torres, localizado entre os municípios de Muqui, Mimoso do Sul e Atílio Vivácqua. Apresentações culturais, palestras, lançamento da marca do Mona e lançamento do processo de formação do Conselho de Monumento Natural estão entre os destaques. O evento será em Muqui, no Centro de Treinamento do Parque de Exposições.
Localizado na região das encostas do maciço serrano denominado de Serra das Torres, o Monumento Natural Estadual Serra das Torres, com uma área de 10.458,90 hectares, contempla bela paisagem e detém um dos principais remanescentes florestais contínuos do sul do Estado com a beleza cênica das encostas, reconhecidas pelos seus pães de açúcar e escarpas rochosas serranas.
A Unidade de Conservação foi criada em 2010, por meio da Lei Estadual nº 9.463, abriga elementos de valor histórico, cultural e antropológico de interesse estadual, bem como elementos de grande beleza cênica, como o pico do Farol, Pico da Estrela Dalva, Pedra da caveira, Pedra Grande, Pedra do Espanta moleque, Pedra de Santa Maria, Pedra do Peito de Moça dentre outros.
Fauna e Flora
Dentre os representantes da fauna, há espécies ameaçadas, raras ou em extinção como a arara (Amazona rhodocorytha), os macacos Callicebus personatus e o bugio (Alouatta fusca), a jaguatirica (Leopardus pardalis), além da Lontra longicaudis e da preguiça Bradypus torquatus. Muitos são encontrados somente em área de Mata Atlântica, chamados de endêmicos deste bioma. É o caso do sapo pulga, Brachycephalus didactytus, o menor enfíbio do Brasil, encontrado recentemente por uma pesquisadora, após a criação da unidade de conservação. Isto demonstra a importância desta área para a biodiversidade que ainda não foi amplamente estudada na região, e poderá revelar registros de novas espécies.
A flora é diversificada em espécies e fisionomias, com árvores de até 30 metros e plantas rupestres nas áreas rochosas. Foram encontradas 157 espécies, a Dalbergia nigra (jacarandá caviúna) está ameaçada de extinção e uma espécie nova e endêmica para o Espírito Santo foi amostrada, pertencente ao gênero Beilschmiedia (Lauraceae), o que aumenta a importância ambiental da região.