O portal que contém as informações geradas pelo Programa de Monitoramento Quali-quantitativo Sistemático de Água e Sedimento (PMQQS) do rio Doce foi atualizado. O trabalho de atualização contou com a participação da Coordenação Técnica de Enfrentamento da Crise Ambiental do Rio Doce (CTECAD), do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

A plataforma permite que qualquer pessoa acesse o banco de dados sobre a qualidade e a quantidade de água, e os sedimentos no rio Doce. As atualizações trazem um visual que facilita o acesso e a navegação, além de possibilitar a visualização dos dados monitorados tanto nos rios quanto nas lagoas, estuários e zonas costeiras, por meio de gráficos mais amigáveis, o que permite a escolha do ponto de monitoramento, o parâmetro e o período que se deseja consultar.

Na atualização, também é possível acompanhar os índices de qualidade da água, que, de acordo com a formulação, buscam apresentar de forma clara como está a qualidade do ponto de monitoramento, observando um conjunto de parâmetros. Outra novidade é a possibilidade de checagem e acompanhamento das estações automáticas do programa para um período maior, que, anteriormente, devido à tecnologia utilizada, era limitado a uma semana.

“As atualizações já estavam previstas, como a evolução necessária ao portal, que traz os resultados de qualidade de água e sedimentos em mais de 39 pontos de monitoramento convencional e automatizado”, destacou a servidora da Coordenação Técnica de Enfrentamento da Crise Ambiental do Rio Doce, Emilia Brito. Por meio do novo portal, também é possível visualizar os dados dos pontos extintos e adicionados ao programa, assim como os documentos e notas técnicas que contêm as justificativas e detalhes das metodologias realizadas.

Segundo o coordenador da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade da Água da Agência Nacional das Águas (ANA), Maurrem Vieira, e também coordenador do Grupo Técnico que acompanha o PMQQS, o lançamento e a atualização do portal é um marco para a administração pública, pois intenciona abrir à toda sociedade o acompanhamento especializado da recuperação do rio Doce e os afluentes atingidos pelo desastre de Mariana (MG).

“A atuação dos órgãos gestores de recursos hídricos e meio ambientes dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, assim como da União, imputou à responsável pelo desastre a responsabilidade de recuperar o rio Doce e demonstrar, por meio do monitoramento, esta recuperação”, explicou Maurrem Vieira.

Por intermédio do Grupo Técnico de Acompanhamento do PMQQS (GTA-PMQQS), o poder público fiscaliza e garante que os dados gerados pelo monitoramento reflitam, por meio da utilização das melhores técnicas e práticas disponíveis, a realidade dos ambientes monitorados.

A CTECAD do Iema faz parte do GTA-PMQQS, implementado em julho de 2017, com o objetivo principal de acompanhar e propor melhorias ao programa da Fundação Renova. O PMQQS, por sua vez, tem o objetivo de gerar e disponibilizar para o sistema CIF, instituições públicas e privadas e a população em geral, um banco de dados confiável, da qualidade e quantidade de água e sedimentos, com parâmetros físicos, químicos e biológicos.

Este programa faz parte das ações de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em Minas Gerais, ocorrido em 05 de novembro de 2015.

Acesse o portal em: www.monitoramentoriodoce.org

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