O Parque Estadual Paulo Cesar Vinha (PEPCV), localizado no município de Guarapari, está realizando o controle de plantas exóticas invasoras, ação prevista no Plano de Manejo da Unidade de Conservação, que consiste em longo prazo de pesquisa, controle e monitoramento. As principais espécies manejadas são Leucaena leucocephala (Leucena), Acacia mangium (Acácia) e Terminalia catappa (Castanheira).
A atividade faz parte da rotina de preservação do Parque que, mesmo com a visitação pública interrompida devido à pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), de acordo com o Decreto 4.659-R, de 30 de maio de 2020, conta com servidores do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), nas atividades diárias para monitoramento, controle e proteção ambiental.
“No Início do mês de junho foi reforçado o trabalho no limite norte do Parque, área que está com incidência muito alta de acácias, castanheiras e leucenas. Isso acontece principalmente na região das dunas D’Ulé”, informa a gestora do Parque Estadual Paulo Cesar Vinha, Joseany Trarbach.
Apoio de moradores
A gestora do Parque ressalta que, durante o trabalho de controle de espécies exóticas, o PEPCV conta com o apoio de moradores e do Surf Clube do bairro Recanto da Sereia, em Guarapari, principalmente na sinalização e divulgação das informações. “O manejo dessas espécies pode gerar dúvidas na população, principalmente com relação à retirada das árvores. Por isso, é importante a divulgação, pois essas espécies são prejudiciais ao desenvolvimento da restinga local”, informa Joseany Trarbach
Com o desenvolvimento desse trabalho, pretende-se também sinalizar e implementar os acessos à praia. Os objetivos são impedir o pisoteio na vegetação da restinga e a passagem de veículos, principalmente das motos.
As espécies exóticas invasoras são organismos que, introduzidos fora da sua área de distribuição natural, ameaçam ecossistemas, habitats ou outras espécies. São consideradas a segunda maior causa de extinção de espécies no planeta, afetando diretamente a biodiversidade, a economia e a saúde humana.
“Reconhecendo a importância do problema causado pelas espécies exóticas invasoras, o Parque Estadual Paulo Cesar Vinha está implementando o Programa de Controle de Espécies exóticas Invasoras, com o objetivo de impedir a introdução, além de controlar ou erradicar as espécies exóticas que ameaçam os ecossistemas, habitats e espécies do Parque”, reforça Joseany Trarbach.
Saiba mais:
Leucaena leucocephala (Leucena): É uma planta nativa da América Central. É uma leguminosa perene, palatável com grande utilidade na alimentação de suínos, bovinos e caprinos. Sua resistência à seca foi de grande importância para sua utilização nos sistemas de alimentação de animais no Brasil Central em décadas.
Acacia mangium (Acácia): Esse é um dos gêneros mais plantados em todo o mundo, com uma relevância importante para o setor florestal. A Acacia mangium é usada para produção de celulose, madeira, combustível, quebra-vento, etc. Possui um viés comercial devido à sua rusticidade, rapidez de crescimento e por se adaptar muito facilmente a solos pobres, ácidos ou degradados.
Terminalia catappa (Castanheira): É uma árvore de grandes dimensões que pode atingir 35 metros de altura. É típica de regiões tropicais. Especula-se que sua origem esteja na Índia e na Nova Guiné. Também conhecida como amendoeira-da-praia. No Estado do Espírito Santo, os frutos são chamados de castanhas e a árvore é conhecida como castanheira, ou popularmente, sete copas. É cultivada como árvore ornamental. Os seus frutos comestíveis, embora um pouco ácidos, são muito apreciados pelos morcegos.
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