Para conhecer o modelo de gestão e trocar experiências, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) realizou uma visita técnica na Reserva Caruara, São João da Barra, no Estado do Rio de Janeiro. A reserva é a maior unidade de conservação privada dedicada à preservação da restinga no Brasil, com ecossistema semelhante ao do Parque Estadual Paulo César Vinha, localizado em Guarapari.

Durante a visita, realizada na última semana, o diretor-presidente do Iema, Alaimar Fiuza, destacou a importância deste intercâmbio. “O Iema vem trabalhando para tornar as unidades de conservação, especialmente os parques estaduais, mais sustentáveis e podemos para conhecer a estrutura e também falar sobre o diferencial na relação com a comunidade e o público em geral”, disse.

A Caruara é uma unidade de conservação do tipo RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), criada de forma voluntária em 2012 pela Porto do Açu Operações, com a missão de proteger, restaurar e promover a biodiversidade do remanescente de restinga, por meio de ações e serviços que gerem conhecimento científico, educação e benefícios ambientais, sociais e econômicos.

“São muitos desafios num ecossistema de restinga. Com a nossa sede, conseguimos escutar melhor o que a comunidade quer e fazer a interlocução com o entorno do porto”, contou o gestor da reserva, Daniel Nascimento. A reserva foi criada em 2012, mas a sede foi inaugurada em 2022, com o objetivo de potencializar o Turismo Sustentável, os Serviços Ambientais e a Educação e Pesquisa Científica. 

A reserva tem 40 quilômetros quadrados de área protegida — o que equivale a mais de 5 mil campos de futebol; mais de 1,3 milhão de mudas plantadas; 573 espécies de fauna catalogadas; 307 espécies de flora catalogadas; cerca de 50 trabalhadores fixos dedicados ao processo de restauração e de conservação das tartarugas marinhas na região, com 100% de mão de obra local. 

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