Governo do Estado do Espírito Santo
10/05/2017 15h36
Iema realiza estudo com áreas de manguezais do Estado
Manguezal na bacia do rio Itaúnas, que sofreu alteração de sua área entre 2008 e 2014
O Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) iniciou este ano um projeto que objetiva conhecer todas as áreas de ocorrência de manguezais no Espírito Santo. O trabalho é realizado pela equipe da Coordenação de Ordenamento e Gestão Territorial (Cogest) do Iema.
Além de identificar a área total desses ecossistemas no Espírito Santo, será feita a análise espaço-temporal de sua ocorrência, por meio da análise de imagens aéreas obtidas em 2007 e 2014, identificando quais foram as modificações ocorridas nos manguezais durante esses anos.
O estudo também se compromete em avaliar o grau de conservação desses ecossistemas, por meio de observações no próprio local, o que permitirá compreender quais as principais ameaças a esses ambientes e a forma de evitá-las.
Considerando que estes ecossistemas desempenham inúmeras funções ambientais, é necessário demonstrar que o manguezal deve ser conservado. “O ecossistema manguezal funciona como um filtro natural de partículas nocivas, tais como metais pesados, impedindo que essas partículas cheguem ao mar”, explicou Pablo Merlo Prata, coordenador da Cogest.
O manguezal serve ainda como berçário natural para espécies marinhas e dulcícolas, que vivem nos rios, sendo essencial para a vida desses seres vivos.
Posteriormente, o trabalho realizado poderá servir como referência para propor políticas públicas como o ordenamento da pesca, o saneamento no local do mangue e a reavaliação do licenciamento.
O projeto está atualmente na fase de fotointerpretação de imagens, utilizando a própria base de informações do órgão, e tem previsão de ser finalizado em dezembro de 2017. Ao final, será divulgado um relatório técnico científico com todas as informações sobre o resultado do projeto.
O reconhecimento das áreas de mangue
O reconhecimento detalhado do espaço de ocorrência do manguezal está previsto no Código Florestal (Lei Federal nº 12.651/2012) e a avaliação de sua integridade ecológica é de grande importância para as comunidades que necessitam destes ecossistemas pra reprodução de sua sobrevivência.
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Texto: Izadora Roriz
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