A Gerência de Educação Ambiental do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) participou do seminário on-line “Educação Ambiental em tempos de Covid-19: Compartilhando Saberes", em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Vitória.

A servidora do Iema Karla Barros Fafá foi uma das palestrantes da mesa de debates "Educação Ambiental para além (ou pós) Covid-19: Possibilidades ao saber partilhado", com mediação do doutorando em Geografia Idelvon Poubel, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e técnico da Gerência de Educação Ambiental da Prefeitura de Vitória.

Na fala da servidora foram pontuados subtemas, como a noção do homem e suas bases filosóficas para o desenvolvimento coerente de ações em Educação Ambiental, além de como o discurso ambiental tem sido tratado nas áreas da comunicação, educação formal, do ativismo e da saúde.

“É uma reflexão das consequências danosas de se considerar o homem como uma ‘doença’ para a Terra ou como um ‘corpo estranho’ à natureza, expondo os danos éticos desse discurso”, considera Karla Fafá, que também é psicóloga.

Meio Ambiente

A partir do subtema descrito, Karla Fafá convidou os participantes a refletir os desvelamentos trazidos pela pandemia da Covid-19 para o meio ambiente. Assim, foi possível expor como o discurso ambiental pode contribuir para suscitar soluções. “Chamei atenção para o uso danoso do ‘terror’ como recurso pedagógico ou de convencimento à mudança comportamental”, informa.

A servidora também tratou, em sua apresentação, dos ambientes naturais das Unidades de Conservação e como podem contribuir para o bem-estar da população na pós-pandemia. “Através dos benefícios psicofisiológicos do contato com áreas naturais, em especial sobre o estresse. Finalizei exemplificando a experiência do Programa Trilha Cidadã, do Iema”, situa.

Desde 2012, o Programa Trilha Cidadã promove a inclusão social e a qualidade de vida aos visitantes das Unidades de Conservação, por meio do contato com a natureza e de atividades de trilhas interpretativas. Para a gerente de Educação Ambiental do Iema, Anna Tristão, as adversidades trazem potencialidades e, diante do atual cenário, a Educação Ambiental se destaca.

“A Educação Ambiental de nosso Estado, por meio do Programa Estadual de Educação Ambiental, já estava trabalhando nesses conceitos, nos quais o homem e o meio ambiente estão totalmente interligados. Nosso trabalho é de pensar no presente e no futuro, por isso, o crescimento do Programa Trilha Cidadã, que já visava grupos de pessoas com necessidades especiais, intelectuais, idosos e de socioeducandos. Acreditamos que, na pós-pandemia, a sociedade irá procurar espaços naturais para a qualidade de vida e a saúde mental”, considera Anna Tristão, informando que o Trilha Cidadã sai fortalecido com a municipalização do Programa, dentro das linhas de cidadania, inclusão e espaços disseminadores.

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