É preciso fazer mais do que estabelecer padrões de qualidade do ar condizentes com o conhecimento atual. O Governo do Estado do Espírito Santo, por meio do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), percebe que é necessário unir saberes e capacidades para uma ação integrada entre as mais diferentes esferas da sociedade, visando ao futuro. Sendo assim, a série especial sobre a qualidade do ar, com os estados da região sudeste, chega ao fim com a chefe de Serviço de Avaliação da Qualidade do Ar do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro, Ana Carolina Bellot.
Em ações recentes, o Governo do Estado do Espírito Santo, por meio do Iema, lançou um aplicativo sobre a qualidade do ar da Grande Vitória, disponível gratuitamente para Android e iOS, hospedado na plataforma “ES na Palma da Mão”, programa do Governo do Estado do Espírito Santo que reúne iniciativas e serviços. A realização foi fruto de uma parceria com o Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo (Prodest).
O Inea-RJ não possui aplicativo de Qualidade do Ar, porém, realiza o monitoramento por meio de 58 estações automáticas, que medem continuamente parâmetros meteorológicos e as concentrações de poluentes dispersos no ar. Para a chefe de Serviço de Avaliação da Qualidade do Ar do Inea-RJ, Ana Carolina Bellot, a criação de aplicativos sobre a qualidade é uma tendência em regiões metropolitanas, pois são ferramentas que possibilitam a obtenção de informação de forma mais rápida.
“O monitoramento da qualidade do ar é uma das ferramentas de gestão para controle da poluição atmosférica, que visa a embasar políticas públicas para a redução da concentração dos poluentes presentes na atmosfera. Além dos aplicativos, campanhas de educação ambiental e de divulgação das ações na mídia são meios eficientes para informar a população sobre o monitoramento da qualidade do ar”, ressalta Bellot.
Relatório
Em meados de junho, o Governo do Estado do Espírito Santo, por meio do Iema, lançou o relatório “Avaliação dos Efeitos das Medidas de Afastamento Social sobre a Qualidade do Ar na Região Grande Vitória”, cujo objetivo foi constatar se as medidas de isolamento social, necessárias para conter a disseminação do novo Coronavírus (Covid-19), afetaram positivamente a qualidade do ar da Grande Vitória.
Sobre como o isolamento social e a pandemia têm correlação com a queda dos índices de poluição do ar, Ana Carolina Bellot salienta que, desde que a quarentena entrou em vigor, em 17 de março deste ano, a qualidade do ar melhorou na Região Metropolitana do Rio, fato também constatado pelo Iema com relação à região Metropolitana da Grande Vitória.
“Em abril e em maio, houve uma redução de dióxido de nitrogênio (NO2) e de monóxido de carbono (CO) na atmosfera. Em algumas regiões, constatamos redução de até 91% na emissão de NO2 em maio, se comparado ao período anterior ao isolamento social. A concentração de CO também diminuiu e constatamos queda de até 55% desse poluente em algumas regiões do Rio de Janeiro”, relata a chefe de Serviço de Avaliação da Qualidade do Ar do Inea-RJ.
Ela informa ainda que o Inea emitiu quatro notas técnicas acerca do impacto do isolamento social na qualidade do ar que podem ser consultadas no portal do Inea: http://www.inea.rj.gov.br/ar-agua-e-solo/monitoramento-da-qualidade-do-ar-e-meteorologia/
Um assunto que anda de mãos dadas com a qualidade do ar é a divulgação de informações para que a população possa ser comunicada de forma clara e transparente. “A divulgação da qualidade do ar deve ser repassada à população e, no Rio de Janeiro, existe um totem que divulga a qualidade do ar. Essa seria outra possibilidade para a democratização do acesso às informações”, destaca.
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