Mais uma ação educativa foi realizada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) no Arquipélago das Três Ilhas. O local, que encanta pela beleza, faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba, em Guarapari, e tem grande visitação de turistas, principalmente no Verão. Durante a abordagem, realizada no último fim de semana, os servidores do Iema explicaram aos visitantes as regras locais.
“Por ser uma área de preservação com a maior biodiversidade de peixes recifais do Brasil, é importante respeitar as regras de uso do arquipélago, que ajudam a garantir que a fauna e flora locais continuem existindo”, disse Sandra Ribeiro, servidora do Iema.
Todos são bem-vindos para desembarcar e conhecer as ilhas, tomar banho de mar, relaxar e curtir a tranquilidade da natureza, ou ainda para praticar snorkeling ou mergulho contemplativo. Entretanto, devem respeitar as regras básicas: não pescar, não acampar, não usar fogo, seja em fogueiras ou churrasqueiras, e não deixar lixo no local.
A área de proibição abrange o polígono que engloba as ilhas de Guarema, Leste-Oeste, Guanchumbas, Cambaião e Quitongo, iniciando a uma distância de 100 metros cada uma dessas ilhas. Nessa faixa, todos os tipos de pesca são proibidos, desde a pesca subaquática, pesca com linha de mão, vara ou molinete, realizadas a partir do costão rochoso ou de embarcações, incluindo a modalidade de pesque e solte.
A intenção de restringir a pesca nessa área é garantir um espaço que sirva de criadouro natural, onde os indivíduos possam crescer, se reproduzir e repovoar tanto o Arquipélago das Três Ilhas quanto as ilhas e os demais habitats do entorno. “Isso garante a conservação das espécies e a sustentabilidade da pesca artesanal local e das atividades de turismo ecológico sustentável, cujo principal ativo é a diversidade biológica e a beleza cênica do local”, afirmou Sandra Ribeiro.
Para mais informações sobre o zoneamento ambiental da APA de Setiba, clique: https://iema.es.gov.br/APA_Setiba
Saiba quais são as atividades proibidas no Arquipélago das Três Ilhas:
- Tocar e coletar organismos marinhos;
- Pesca;
- Jogar lixo;
- Cortar a vegetação;
- Som (música) tanto nas embarcações quanto nas ilhas do arquipélago;
- Acampamento: corte de vegetação para abertura de clareiras para colocar as barracas de camping. Além da destruição da vegetação nativa, as clareiras favorecem a proliferação das gramíneas exóticas invasoras e a erosão do solo, que fica exposto e é carreado para o mar, especialmente quando o terreno apresenta declividade. Nas Três Ilhas, a faixa de solo é muito fina, por isso sua perda é crítica e representa um impacto significativo para o ecossistema local;
- Falta de banheiros: as pessoas devem ter consciência da falta de banheiros nas Três Ilhas, ficando proibidas as necessidades fisiológicas na unidade de conservação, pois causa do mau cheiro e da poluição do local;
- Uso do fogo e churrasco: aumenta o risco de incêndio. No ano de 2014, perdeu-se o controle do fogo de uma churrasqueira. Devido às rajadas de vento, toda vegetação da Ilha do Cambaião foi queimada. Com a queima da vegetação nativa, houve grande proliferação das espécies exóticas invasoras (gramineias e piteiras);
- Restos de comida: descarte de resto de carnes e demais alimentos atrai grande quantidade de urubus, que podem estar competindo por espaço (para ninhos) com as espécies nativas;
- Pesca: a captura de grande quantidade de peixes recifais, na maioria das vezes juvenis, já que a área é um berçário, provoca redução da população e contribui para o declínio populacional de muitas espécies.
Informação à Imprensa:
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