O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), realizou o 1º Seminário das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) do Espírito Santo, nesta quinta-feira (21). O evento aconteceu no Palácio Anchieta, em Vitória, e reuniu RPPNistas de norte a sul do estado.
Durante o evento, o governador do Estado em exercício, Ricardo Ferraço, assinou o documento que cria mecanismos de priorização de denúncias feitas pelas RPPNs para a Polícia Militar Ambiental. Também assinaram o documento, os secretários de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, e do Turismo, Weverson Meireles, além do promotor de Justiça do Ministério Público do Espírito Santo, Wagner Eduardo; e o comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, tenente-coronel Wanderson Machado Luchi.
O governador em exercício destacou o compromisso do Estado em trabalhar a preservação ambiental. "Nós herdamos um conjunto de ativos naturais e temos o compromisso, antes de qualquer outro, que é o ético. Trabalhar a preservação, a conservação, a regeneração desses ativos ambientais. Temos que pensar globalmente e agir em nossa região, de modo colaborativo. O que estamos fazendo no nosso quadrado? O que estamos fazendo nessa terra abençoada para dar a nossa contribuição? O que vocês fazem no dia a dia é muito digno, militando, oferecendo o seu ativo, o seu patrimônio para essa preservação. As reservas são atrativos para desenvolver atividades econômicas. Meio ambiente, educação, turismo, esporte e lazer, por exemplo", disse Ricardo Ferraço.
“Esse é o primeiro passo para valorizar mais o trabalho dos RPPNistas do Espírito Santo. São pessoas e institutos que voluntariamente decidem conservar parte de sua propriedade para proteger a biodiversidade da nossa Mata Atlântica. Hoje, a gente como secretaria se comprometeu a executar diversas ações que, com certeza, vão fazer a diferença para esses RPPNistas”, afirmou Felipe Rigoni.
Com o objetivo de preservar a Mata Atlântica, bioma que cobre todo o Estado, a Lei Estadual nº 9.462/2010 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservação, incluindo a categoria de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Posteriormente, o Decreto Estadual nº 3.384-R/2013 estabeleceu o Programa Estadual de Apoio e Incentivo às RPPNs, visando ampliar e fortalecer a rede de RPPNs no Estado. Hoje, o Espírito Santo abriga 60 RPPNs reconhecidas, das quais 49 são estaduais e 11 são federais, cobrindo uma área de 6.302,63 hectares de território protegido e é objetivo da Seama promover a expansão dessas reservas.
O Secretário de Estado do Turismo destacou a importância das parcerias. “É muito importante trabalharmos em parceria para explorarmos as reservas de forma turística, mas também de maneira sustentável. Por isso, colocamos as RPPNs no planejamento de sinalização turística, a pedido do governador Casagrande. Ontem, divulgamos nossa Pesquisa de Perfil do Turista de Inverno 2023, e 45% escolhem o destino Espírito Santo por causa dos atrativos naturais, por isso, a importância de caminharmos juntos para o desenvolvimento do Estado”, pontuou Weverson Meireles.
A presidente em exercício do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Caroline Machado, também participou do evento. Ela destacou que as RPPNs desempenham um papel importante na conservação da biodiversidade no Espírito Santo. “O Governo do Estado reconhece essa importância, por isso estamos abertos ao diálogo e debate para evoluir nas questões relacionadas às RPPNs. Agradeço a cada proprietário de RPPN por nos apoiar na proteção do meio ambiente”, destacou a diretora-presidente em exercício.
Ainda durante o Seminário, foi anunciada a articulação da Seama para trazer a formação de brigadistas e a formação de instrutor de brigadistas feitas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para o Espírito Santo, pela primeira vez. Essa ação é importante, principalmente, porque já há a informação que os próximos anos serão de seca em nosso Estado e, por isso, será um período mais propenso a incêndios florestais.
Também estiveram presentes no evento representantes da Associação Capixaba do Patrimônio Natural (ACPN), Fundação SOS Mata Atlântica, ICMBio, entre outras.
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