O programa Trilha Cidadão, do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), é não só uma forma de acessibilidade e inclusão social, mas também de promover a educação ambiental, especialmente pelos benefícios de ter uma conexão maior com a natureza nas Unidades de Conservação (UCs). Um dos espaços que recebe constantemente visita de instituições parceiras do programa é o Parque Estadual Paulo César Vinha (PEPCV), localizado em Guarapari.
O Trilha Cidadã permite que pessoas com deficiência física, transtornos mentais, dependentes químicos e idosos conheçam a fauna e a flora das Unidades de Conservação (UCs), por meio de tecnologias assistivas disponíveis, como a sinalização acessível em braille, mapa e catálogo táteis do parque, Guia Sonoro e Janela Cidadã, além do projeto de acessibilidade em libras.
Uma das últimas visitas recebidas no Parque Estadual Paulo César Vinha, neste mês de outubro, foi do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) de Guarapari. Os visitantes receberam uma aula de educação ambiental e aprenderam sobre a história do Parque. Em seguida, percorreram a trilha da restinga até a praia.
A servidora do Iema Fernanda Severino destacou a importância de despertar a curiosidade dos participantes durante a trilha. “Como tinham algumas pessoas idosas no grupo e com muita bagagem de conhecimento, eles se remeteram a lembranças, principalmente da infância, de quando pegavam frutas direto do pé ou quando tinha mais contato com a natureza. O interessante é que eles reconhecem muitas coisas”, disse.
“O objetivo das visitas voltadas para grupos do CAPS, como pessoas em tratamento psicológico, psiquiátrico, é exatamente de ter um cuidado para não falar palavras que possam despertar gatilhos neles e tentar colocar tudo de uma forma tranquila, sempre atendendo à necessidade do grupo”, acrescentou Fernanda Severino.
Durante o percurso, foram identificados rastros e pegadas de animais que habitam no Parque. Ao final da trilha, os visitantes participaram de uma atividade para estimular a concentração e identificar os sons do ambiente natural, além de um momento de confraternização na sede do parque.
Texto: Elisangela Alves
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