Nesta segunda-feira (14), o Monumento Natural Estadual Serra das Torres (Monast) completa 11 anos. Dona de uma beleza cênica incomparável, a Unidade de Conservação (UC) protege 10.458,90 hectares de Mata Atlântica, entre os municípios de Atílio Vivácqua, Muqui e Mimoso do Sul. Ao longo de seus 11 anos, o Monast conta com a parceria de muitas pessoas em sua preservação.
Representantes da sociedade civil, dos moradores do entorno e de instituições públicas atuam na proteção do Monast. “Se a participação das pessoas e das comunidades do entorno é importante para a viabilidade de qualquer Unidade de Conservação, em Monumentos Naturais, que não necessariamente desapropriam as áreas, essa participação é fundamental”, destacou o gestor do Monast, Guilherme Carneiro de Mendonça.
Devido às restrições da pandemia, o jeito foi comemorar o aniversário do Monast de uma maneira diferente, mas não menos importante: com a entrega de duas menções honrosas em reconhecimento pelas ações de responsabilidade, parceria e cuidados para a preservação do Monast. “Somos muito gratos a cada um que participa das ações de forma direta ou indireta com o intuito de garantir que os objetivos de criação da UC sejam atingidos”, ressaltou a servidora do Iema, Janine Marta Scandiani.
Um dos homenageados foi Juci Pereira de Almeida, proprietário rural e morador do entorno do Monast. Ele também trabalha na condução e recepção de turistas e residentes locais em trilhas, gerando sensibilização, contemplação e imersão no ambiente natural, promovendo assim o reconhecimento e a valorização da Unidade de Conservação.
Além disso, Juci de Almeida realiza diversos registros de espécies de fauna, que são encaminhados a cientistas e possibilitam ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade da UC. “Participei desde o início da criação do Monast, mas a princípio não estava muito empenhado. Com o passar do tempo, passei a me envolver nas ações, inclusive na sensibilização ambiental dos visitantes, trabalho que eu e minha família gostamos muito e é bem gratificante”, disse.
A outra homenageada foi a bióloga Jane Ferreira de Oliveira. Renomada pesquisadora, Jane participou do projeto de criação do Monast durante sua graduação. A UC também foi tema de seu mestrado. “Fiz amizade com moradores da região, e foram eles que me ajudaram a fazer o meu estudo de mestrado lá. Me cediam a casa deles, me davam carona e me levavam até os fragmentos de floresta mais distantes e preservados. Eles foram muito importantes pra eu concluir o projeto”, revelou a bióloga.
Mas, a história não parou aí. Em 2018, Jane de Oliveira voltou ao Monast como pós-doutoranda. “Não fiz apenas pesquisa, mas amigos. Tudo o que eu podia retornar pra eles, que cuidaram tanto de mim, foram resultados da pesquisa traduzidos em linguagem do dia a dia. Hoje tento enviar aos moradores informações que possam melhorar a relação deles com as serpentes, que são um problema de saúde pública, quando falamos nas picadas por espécies peçonhentas”, destacou a bióloga.
“O Monast é sem dúvida uma das florestas mais importantes da região Sul do ES pela imensa quantidade de nascentes. Manter as florestas do Monast em pé significa manter a água de qualidade e com abundância para toda a região Sul do estado, não só de quem vive no entorno do monumento. A floresta, também mantem temperaturas mais amenas e ainda preserva uma diversidade raramente vista em outros locais do ES. Só nos meus projetos que focam em anfíbios e répteis, encontramos coisas preciosas, como espécies desconhecidas pela ciência”, explicou a bióloga Jane de Oliveira.
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