O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) promoveu, nos dias 23 e 24 de outubro, o 1° Seminário da Rede Capixaba de Trilhas, reunindo gestores públicos, especialistas e representantes de instituições parceiras para discutir os avanços e os desafios na implementação das trilhas de longo curso no Espírito Santo. O evento aconteceu no auditório do Sebrae e no Instituto Baleia Jubarte, ambos em Vitória, visando o fortalecimento da cultura de trilhas e a integração entre natureza, turismo e conservação ambiental no Estado.

O diretor-geral do Iema, Mário Louzada, destacou em sua fala na abertura do evento, as suas boas expectativas quanto à Rede Capixaba de Trilhas. “Eu gosto desse projeto, eu tenho certeza absoluta que é uma iniciativa que vai dar certo. Que já está dando certo. Nós estamos construindo a nossa trilha litorânea, e também há possibilidades no interior”, explicou.

Já para o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, a Rede Capixaba de Trilhas também é uma oportunidade de desenvolvimento. “Tenho a convicção de que as unidades de conservação do Estado e de qualquer lugar, não só podem, mas devem ser além de um santuário de conservação, promotoras do desenvolvimento sustentável. Essa iniciativa, é uma ferramenta espetacular para realizarmos este desenvolvimento”, disse.

Durante a manhã, o público acompanhou ainda o painel “Apresentação de Experiências de Implementação de Trilhas”, com exemplos de diferentes regiões do país. Paula Rascão, da Rede Trilhas, apresentou o projeto “A Volta ao Rio”, como um caso de sucesso do turismo de natureza no Rio de Janeiro. Em seguida, Dayse de Souza Leite (ICMBio) e Luciana Cristina Pires Calil (INEMA/BA) compartilharam as iniciativas das Trilhas do Sul da Bahia, enquanto Amanda Guiduci Marcial, do grupo Caminhantes do Caparaó, apresentou a experiência das Trilhas do Caparaó.

Em seguida, Pedro Menezes, do Ministério do Meio Ambiente, e Ivan Jorge Amaral da Conceição, da Rede Brasileira de Trilhas, abordaram o tema “Rede Brasileira de Trilhas: da política à implantação das trilhas nacionais de longo curso”.

No período da tarde, o painel “Perspectivas para a Rede Litorânea Capixaba – conectando potencialidades, pessoas e experiências” reuniu João Luís Madureira (ONG Caminhadas e Trilhas), Sérgio Rondelli (Brasil Passo a Passo – Litoral do Espírito Santo), Carlos Magno (ABAPA – Associação Passos de Anchieta) e Paulo Rodrigues (Instituto Baleia Jubarte).

Já no segundo dia do encontro, realizado no Instituto Baleia Jubarte, a abertura foi com a mesa-redonda “O papel das Unidades de Conservação e demais espaços especialmente protegidos nas Trilhas de Longo Curso (TLC)” contou com representantes do ICMBio (APA Costa das Algas, Revis Santa Cruz, Rebio Comboios e APA Foz do Rio Doce) e do Iema, com destaque para as equipes do Parque Estadual Paulo César Vinha, APA de Setiba, Parque Estadual de Itaúnas e a APA Mestre Álvaro também esteve presente.

Os participantes puderam colocar a mão na massa com uma atividade prática, a Oficina de Sinalização, ministrada por Ivan Jorge Amaral da Conceição. A atividade prática apresentou as diretrizes e padrões da Rede Brasileira de Trilhas, capacitando técnicos e voluntários para padronizar e ampliar a sinalização das rotas capixabas.

O evento foi realizado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), em parceria Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e Espírito Santo Convention & Visitors Bureau, contando com o apoio do Instituto Baleia Jubarte, Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, Sebrae ES, Secretária de Turismo e Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo.

Texto: Victor Mattedi

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