O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) esteve presente no 2º Workshop Harpia, realizado entre os dias 1º e 5 de dezembro, na Reserva Natural Vale. O evento reuniu pesquisadores e órgãos ambientais com o objetivo de avaliar a translocação de espécimes de harpia como estratégia para a conservação dessa espécie ameaçada. Durante o workshop, foram apresentados dados sobre a atual situação da ave e realizada uma Análise de Viabilidade Populacional (AVP) da harpia no Brasil.
A apresentação dos dados apontou que, caso não sejam adotadas medidas urgentes, a harpia pode desaparecer da Mata Atlântica Norte em apenas 70 anos. O Espírito Santo é um dos poucos estados que ainda preserva hábitats que abrigam essa ave na região, mas, mesmo assim, a harpia foi classificada como "Criticamente em Perigo" no território capixaba.
Considerada uma espécie guarda-chuva, a harpia desempenha um papel vital na conservação de outras espécies. Sua preservação beneficia uma série de elementos do ecossistema, como as grandes árvores necessárias para a sua nidificação, os hábitats das suas presas, como preguiças e macacos, e até os polinizadores dessas plantas, como aves, morcegos e insetos. Portanto, a conservação da harpia é estratégica para manter o equilíbrio ecológico da região.
O Iema participou do evento por meio do Núcleo de Informação e Conservação da Biodiversidade (Nubio), que trabalha para conservar a biota capixaba por meio da atualização de listas de espécies ameaçadas de extinção, coordenação e execução de planos de ação para a conservação da biodiversidade, além do fomento a pesquisas científicas e análises de projetos de recuperação ambiental.
O Workshop destacou a importância de intensificar a pesquisa sobre dados demográficos e a qualidade do hábitat da harpia, o desenvolvimento de tecnologias de prospecção e monitoramento da espécie e a implementação de estratégias de manejo para aumentar o sucesso reprodutivo e as chances de sucesso na translocação das aves.
Para o servidor Ygo Silvestre, participante do evento, a participação foi proveitosa: “Acredito que a conservação dos grandes predadores ameaçados de extinção é fundamental para a proteção de toda a biodiversidade capixaba. O Iema pode contribuir para evitar que essa gigante desapareça do estado do Espírito Santo.”
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