O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) realizou uma reunião sobre o andamento de importantes iniciativas voltadas à conservação e preservação ambiental no Estado. A ação, realizada nesta semana, com apresentações da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e da Vale, discutiu o monitoramento da biodiversidade e fortalecimento das Unidades de Conservação estaduais (UCs).

Na ocasião, foram apresentados os resultados do acordo de cooperação técnica nº 003/2020 com a Vale. Desde 2020, o Monumento Natural Serra das Torres (Monast), com 10.459 hectares, e a Reserva Biológica Duas Bocas (Rebio), com 3.000 hectares, são beneficiados pelo acordo. O foco das ações é promover o aumento da cobertura vegetal e a recomposição da paisagem, garantindo a preservação de ecossistemas essenciais para a biodiversidade e comunidade local.

O projeto também tem desenvolvido uma série de ações de monitoramento e conservação ambiental. Entre os destaques está o uso de armadilhas fotográficas para o levantamento da fauna nas unidades de conservação. No Monast, por exemplo, foram registradas 40 espécies, incluindo sete ameaçadas de extinção e 21 novas para a lista da unidade. Os dados coletados são armazenados e disponibilizados publicamente no site do Iema, permitindo que a sociedade acompanhe de perto os resultados dessas iniciativas. 

Em relação aos avanços, a coordenadora de Gestão de Unidades de Conservação do Iema, Joseany Trarbach, destacou a importância do trabalho integrado entre os órgãos e a sociedade para garantir a conservação da biodiversidade no Estado. "O monitoramento contínuo e a gestão das unidades de conservação são essenciais para a preservação dos nossos ecossistemas. Trabalhamos para que, a cada dia, possamos alcançar resultados cada vez mais efetivos, com a colaboração das comunidades locais e de nossos parceiros", afirmou Joseany.

Durante a reunião, a Seama também apresentou o "Programa de BiodiversidadES", que tem como objetivo monitorar a biodiversidade nas UCs e compreender as respostas das espécies às mudanças no ambiente, como o desmatamento e as mudanças climáticas. Esse monitoramento é fundamental para identificar áreas com maior biodiversidade e priorizar ações de conservação. Além disso, o programa busca fortalecer o engajamento da comunidade local, promovendo um maior senso de pertencimento e incentivando a participação da sociedade na gestão das unidades de conservação.

 Texto por: Ana Clara Gonçalves

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