A grande importância da Educação Ambiental consiste na atuação consciente dos cidadãos. É a Educação Ambiental que promove a mudança de comportamentos tidos como nocivos tanto para o meio ambiente quanto para a sociedade. Visando a um melhor entendimento quanto às políticas públicas realizadas, o Governo do Estado do Espírito Santo, por meio do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), realiza a série “Diálogos sobre Educação Ambiental”.
Nesta matéria, iremos abordar a municipalização do Trilha Cidadã, programa que, desde 2012, visa à acessibilidade e à inclusão social nas unidades de conservação, pelos benefícios do contato com a natureza, com atividades de trilhas interpretativas e estruturas adaptadas para pessoas com algum tipo de deficiência.
Para falar sobre o assunto, teremos a coordenadora do Trilha Cidadã, Karla Fafá, servidora do Iema; a gestora da Gerência de Educação Ambiental do Iema, Anna Tristão, e ainda, o olhar acadêmico do professor do departamento de Oceanografia e Ecologia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Mestre e Doutor em Ciência Florestal e ex-secretário estadual de meio ambiente, Luiz Fernando Schettino.
Expansão
Atualmente, o Trilha Cidadã encontra-se em fase de expansão junto aos municípios capixabas. Sendo assim, com o suporte da equipe do Iema, a inclusão e a cidadania poderão ser estendidas não só às unidades de conservação estaduais, mas também, por meio de parceria, às unidades de conservação municipais.
A coordenadora do Trilha Cidadã e servidora da Gerência de Educação Ambiental do Iema, Karla Fafá, explica que a municipalização do programa se dá por adesão. “Já iniciamos negociações com municípios desde o segundo semestre do ano passado e, assim, foi apresentado o projeto para sete municípios do Estado. Um acordo de cooperação técnica está em andamento”, relata.
O público beneficiado pelo projeto é formado por pessoas com deficiência física e intelectual, transtornos mentais e idosos. Para isso, a equipe de Educação Ambiental do município receberá treinamento e acompanhamento por um ano do Iema. O Trilha Cidadã poderá ser implantado em unidades de conservação ou parques municipais, ou mesmo, em espaços naturais particulares em parceria com o município.
Para o professor Luiz Fernando Schettino, a formação dos gestores públicos para a Educação Ambiental é um ponto muito importante na construção de uma política de educação ambiental e que sempre terá reflexo em todas as dimensões. “Gestores bem preparados podem contribuir para uma maior divulgação e difusão ecológica, científico-cultural, dos inúmeros conhecimentos gerados tanto na universidade quanto no cotidiano das instituições que atuam em defesa ambiental, prestando um serviço para a sociedade”.
Nessa linha de trabalho, tendo por base a pesquisa que avaliou a visão da comunidade acadêmica sobre Educação Ambiental e Sustentabilidade no Campus da Ufes, em Vitória, foi publicado, em julho de 2019, o livro “Educação e gestão ambiental: o caminho da sustentabilidade no cotidiano da universidade”.
“O objetivo do livro é propor uma gestão sustentável, além de caminhos nesse sentido, para a sociedade. Com certeza, muito ajudará estudantes, comunidade acadêmica, gestores da universidade e a sociedade no entendimento e na construção do melhor caminho para se seguir, tornando o atual modelo de desenvolvimento em algo mais racional do ponto de vista da utilização dos recursos ambientais. O livro é um dos instrumentos que poderá ser utilizado na formação dos gestores públicos em Educação Ambiental”, aponta Schettino.
Ampliação
Além da capacitação dos gestores públicos, a expansão do Trilha Cidadã garantirá que as barreiras contra a inclusão sejam quebradas nas unidades de conservação. “A importância se observa em ampliação do número de pessoas beneficiadas, no incentivo à discussão e promoção de acessibilidade em espaços naturais, incentivo do uso dos espaços naturais para promoção da qualidade de vida da população, promoção da educação ambiental e transmissão às equipes municipais do Estado, tanto de metodologia e instrumentos de acessibilidade quanto ao uso da psicologia ambiental desenvolvidos para a promoção da acessibilidade e qualidade de vida da população”, enfatiza a servidora Karla Fafá, que também é psicóloga.
Para a gestora da Gerência de Educação Ambiental do Iema, Anna Tristão, ao aproximar a sociedade dos bens naturais, o Instituto promove uma estratégia de conservação e de cidadania. “A promoção do ecoturismo, com capacitação de gestores públicos e investimento em acessibilidade nas unidades de conservação, busca utilizar o patrimônio natural e, assim, incentivar a conservação e a formação de uma consciência mais inclusiva, que preza o cuidado com o meio ambiente. O Iema, por meio e sua Gerência de Educação Ambiental (GEA), está aflorando na sociedade um sentimento de pertencimento capaz de transformar as pessoas nos principais protetores da natureza”.
Colocando a visitação como um dos principais meios de sensibilizar a sociedade quanto à importância da conservação ambiental e inclusão social, a equipe da Gerência de Educação Ambiental do Iema tem proporcionado experiências únicas aos visitantes das unidades de conservação. “Trabalhamos para diversificar as atividades de educação ambiental nas unidades de conservação, com cidadania. O objetivo é oferecer estrutura adequada, com conhecimento e capacitação, para todos que apreciam o contato com a natureza”, ressalta Anna Tristão.
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