Governo do Estado do Espírito Santo
23/06/2020 12h22 - Atualizado em 23/06/2020 12h24

Corredor Ecológico que liga Parque da Pedra Azul ao Parque do Forno Grande será retratado em livro

Foto: Leonardo Merçon/Últimos Refúgios

As belezas locais e espécies nativas da região compreendida entre os Parques da Pedra Azul e do Forno Grande, nos municípios de Domingos Martins, Vargem Alta, Castelo e Venda Nova do Imigrante, serão retratadas com fotografias inéditas no livro “Últimos Refúgios: Do Parque de Pedra Azul ao Parque de Forno Grande”, do Instituto Últimos Refúgios. A região é conhecida como “Corredor Ecológico” e se destaca pela preservação da Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta.

 “O Corredor Ecológico Parque Azul - Forno Grande é um considerável remanescente da Floresta de Mata Atlântica capixaba, bastante impactada devido à intervenção humana. A conservação do bioma vem sendo realizado por ações de educação ambiental dos Parques Estaduais, com apoio da população local. A região possui muita água e é um grande diferencial aqui no Espírito Santo, tanto para o setor turístico, com os parques cheios de piscinas naturais nas quais os turistas podem se banhar, quanto para o setor ambiental devido à biodiversidade. O lançamento desse livro seria uma das formas de se comemorar os 60 anos do decreto que definiu o Parque Estatual do Forno Grande e o Parque Estadual da Pedra Azul como unidades de conservação, em 31 de outubro de 1960”, afirmou o gestor do Parque Estadual do Forno Grande, Rodolpho Torezani.

 O projeto do livro tem como objetivo o estímulo da produção cultural e científica, como também a divulgação do conhecimento, seja para pesquisadores ou para o público em geral, a exemplo das comunidades do entorno da região. Por meio de ações educativas voltadas para a difusão e a popularização do conhecimento sobre áreas naturais, o projeto irá contribuir para a capacitação de educadores, técnicos, gestores ambientais e lideranças comunitárias, estimulando o interesse pelo estudo da biodiversidade e pelo uso do conhecimento científico como ferramenta para a conservação do meio ambiente.

 A obra será bilíngue (português e inglês) e terá impressão em cores, com tiragem de mil exemplares. Também será disponibilizada on-line, em versão para deficientes visuais, em formato Daisy (audiodescrição/narração).

“As obras produzidas pelo Instituto Últimos Refúgios são de caráter artístico/cultural. Todo o processo de concepção e execução é desenvolvido a partir de conceitos voltados para criar uma narrativa visual que oferte à leitores e espectadores uma experiência interativa com a obra.Portanto, oferecem ao público uma noção clara sobre a situação social, cultural, ambiental e econômica em voga nas regiões desbravadas e mapeadas”, explicou o cinegrafista e fotógrafo, Leonardo Merçon.

Em nove anos de história, o Instituto Últimos Refúgios mantém uma rede multiprofissional de videomakers, fotógrafos, produtores, comunicadores, designers, artistas e biólogos que trabalham em prol da sustentabilidade por meio da difusão de produtos culturais. Atualmente, conta com sete livros publicados e cinco documentários lançados, além de séries para internet e TV.

"No meu ponto de vista, o Espírito Santo é um dos locais com maior biodiversidade do mundo. Já fiz trabalhos fotográficos em cinco continentes e, até hoje, não encontrei um local mais rico do que a terra capixaba. O corredor ecológico que liga o Parque Estadual da Pedra Azul e o Parque Estadual do Forno Grande é um grande exemplo disso, com muita água, relevo diferenciado, espécies raras interessantíssimas para a observação da natureza, algumas endêmicas. É um tesouro para o turismo e, se soubermos preservar, desenvolver com sustentabilidade e aproveitar turisticamente, nos tornaremos, cada vez mais, uma referência de destino para pessoas apaixonadas pela vida, vindas de todas as partes do mundo. O potencial nós temos, só precisamos entender e valorizar isso. A vocação do Espírito Santo é a natureza”, afirmou Merçon.

 Planos conjuntos

Merçon destaca que as pessoas estão começando a entender a importância da região, tanto em termos biológicos quanto turísticos. “Percebi que os gestores de todas as unidades de conservação estão se aproximandopara fazerem planos conjuntos. Aquele lugar abriga uma biodiversidade rica, que tem desde mamíferos de topo de cadeia, como onças, até animais endêmicos como a saíra-apunhalada”.

O Livro “Últimos Refúgios: Do Parque Estadual de Pedra Azul ao Parque Estadual de Forno Grande" é uma realização do Instituto Últimos Refúgios e Ministério da Cultura, com apoio do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e Reserva Águia Branca, com patrocínio do Grupo Águia Branca. A obra está em fase final de realização e aguarda uma estabilização nas normas de isolamento social para definição da data de lançamento.

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