Governo do Estado do Espírito Santo

CIRSUCC - documentação e termo de referência

Objetivo

Orientar a apresentação de projetos de centrais de triagem e compostagem de acordo com a Legislação Ambiental para a concessão das Licenças.

Documentações

  1. Requerimento de licença (modelo/IEMA), com respectivo formulário de enquadramento da atividade devidamente preenchido e apresentação da taxa paga através do DUA (Documento Único de Arrecadação);
  2. Cópia dos documentos de identidade e CPF do representante legal;
  3. Cópia do título de propriedade do imóvel onde será implantada a usina;
  4. Cópia autenticada do alvará da Prefeitura Municipal quanto à localização do empreendimento em conformidade com a legislação municipal aplicável ao uso e ocupação do solo;
  5. Cópia autenticada da Certidão Negativa de Débitos Estaduais na Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA) e requerimento de Certidão Negativa de Débitos Ambientais do Instituto (IEMA);
  6. Cópia autenticada da Ata de eleição da ultima diretoria quando se tratar de Sociedade ou do Contrato Social registrado quando se tratar de Sociedade de Quotas de responsabilidades Ltda;
  7. Folha ou cópia autenticada da publicação, no Diário Oficial do Estado e em jornal local de grande circulação, do requerimento da licença. Observando que o processo só terá andamento após a entrega das mesmas; conforme o Modelo IEMA;
  8. Em caso de supressão da vegetação, anuência do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF), atendendo ao disposto no artigo 4 º da Lei Federal nº 4.771 de 15 de setembro de 1965 (Código Florestal), alterado pela Medida Provisória (MP) nº 2.080-60/01.

Roteiro para Apresentação de Projetos de Centrais de Triagem e Compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos

Informações Cadastrais

  • Identificação e qualificação da entidade responsável pela central de triagem e compostagem;
  • Identificação e qualificação da entidade ou profissional responsável pelo projeto da central de triagem e compostagem e respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

Memorial Descritivo do Projeto

  • Concepção e justificativa do projeto, contendo a metodologia de operação adotada.

Descrição sucinta do local no raio de 1000 metros do entorno da área da Usina de compostagem e reciclagem, com informações sobre:

  • Cobertura vegetal;
  • Uso do solo;
  • Corpos d’água superficiais e sub-superficiais com indicação de seus usos e ponto de captação;
  • Sistema viário e de eletrificação.

Informações sobre os resíduos a serem tratados na central de triagem e compostagem:

  • Origem, quantidade diária e mensal de recebimento e qualidade. Quanto à qualidade dos resíduos, deve-se fazer a determinação da composição gravimétrica (porcentagem em peso), na qual os resíduos devem ser discriminados minimamente nas seguintes categorias: matéria orgânica, papel, papelão, plástico, metal ferroso, metal não ferroso, vidro e outros.

Descrição e especificações dos elementos de projeto:

    • Sistema de drenagem superficial. Descrição do sistema de drenagem das águas superficiais que tendam a escoar para a área onde se encontram os resíduos sólidos dispostos ou em tratamento, bem como das águas que se precipitam diretamente sobre essa área, indicando:
      1. Vazão de dimensionamento do sistema;
      2. Disposição dos canais em planta em escala não inferior a 1:1000;
      3. Seções transversais e declividade do fundo dos canais em todos os trechos;
      4. Tipo de revestimento (quando existente) dos canais, especificando o material utilizado;
      5. Detalhes de todas as singularidades existentes, tais como alargamentos de seção, curvas, degraus, obras de dissipação de energia sistema de captação e outros.

    • Sistema de drenagem e remoção de percolados. Descrição de todos os elementos constituintes desse sistema indicando:
      1. Estimativa da quantidade de percolado a drenar e remover, considerando os efluentes líquidos gerados na limpeza da área;
      2. Disposição desses elementos em planta, em escala não inferior a 1:1000;
      3. Dimensões desses elementos;
      4. Especificação dos materiais utilizados;
      5. Cortes e detalhes necessários à perfeita visualização do sistema.

    • Sistema de tratamento do percolado. Descrição de todos os elementos do percolado:
      1. Estimativa da quantidade de percolado a tratar;
      2. Tipo de tratamento adotado (que pode ser realizado em conjunto com o sistema de tratamento do percolado gerado na disposição final dos resíduos);
      3. Eficiência do sistema de tratamento;
      4. Indicação dos valores e/ou concentrações dos principais parâmetros no momento do lançamento;
      5. Local de lançamento do efluente final;
      6. Disposição desses elementos em planta, em escala não inferior a 1:1000;
      7. Dimensões desses elementos;
      8. Especificações dos materiais utilizados;
      9. Cortes e detalhes necessários à perfeita visualização do sistema.

    • Impermeabilização. Na impermeabilização de áreas deve ser indicado:
      1. O tipo de impermeabilização adotado;
      2. Especificações dos materiais utilizados.

    • Sistema de tratamento de efluente sanitário. No sistema de tratamento do efluente sanitário deve ser indicado:
      1. Tipo de tratamento a ser utilizado;
      2. Eficiência do sistema de tratamento;
      3. Vazão, dimensionamento e memorial descritivo do sistema;
      4. Especificação dos materiais utilizados;
      5. Disposição desses elementos em planta.

Operação da Central de Triagem e Compostagem

  • Deve ser apresentado o período de funcionamento da Central de Triagem e Compostagem e o tratamento e/ou disposição dos resíduos sólidos em casos de paralisações da central;
  • Deve(m) ser indicado(s) em planta o(s) acesso(s) à área da Central de Triagem e Compostagem, bem como as medidas a serem tomadas para garantir o seu uso, mesmo em dias de chuva;
  • Deve ser apresentada a forma de isolamento da Central de Triagem e Compostagem e os dispositivos de segurança para evitar a interferência de pessoas estranhas, bem como para coibir possíveis efeitos na vizinhança;
  • Devem ser indicadas as medidas a serem tomadas para o preparo da área antes do recebimento dos resíduos sólidos;
  • Relacionar os equipamentos a serem utilizados na Central de Triagem e Compostagem, que deve conter, no mínimo, uma prensa para a confecção dos fardos de material reciclável, bem como uma balança para a quantificação do material enfardado e do composto gerado;
  • Os trabalhadores da Central de Triagem e Compostagem devem fazer uso de equipamentos de proteção individual adequados (bota, luva e máscara), bem como devem estar devidamente vacinados.

Transporte e disposição dos resíduos sólidos

  • Apresentar a forma de controle de qualidade e quantidade dos resíduos sólidos recebidos na Central de Triagem e Compostagem e seu horário de funcionamento;
  • Apresentar a forma em que os resíduos são transportados e recebidos na Central de Triagem e Compostagem e as quantidades diárias a serem tratadas, bem como indicação dos procedimentos no horário de pico;
  • Apresentar o método de operação e a seqüência de tratamento dos resíduos sólidos em todas as suas etapas, detalhando-as;
  • Apresentar o prazo de operação estimado da Central de Triagem e Compostagem (vida útil), em função da produção de resíduos sólidos e do crescimento populacional

Infraestrutura

  • O projeto da Central de Triagem e Compostagem deve conter, no mínimo: almoxarifado, sanitário (feminino e masculino) e vestiários (feminino e masculino), cozinha e refeitório.
  • Apresentar a disposição dos elementos de infraestrutura em planta, juntamente com os cortes e detalhes que se fizerem necessários para esclarecimento do projeto.

Controle Tecnológico

  • Plano de monitoramento da qualidade do composto e da qualidade dos corpos hídricos;
  • Plano de controle de proliferação de vetores e atuação nesse aspecto em casos de emergência (por ex.: paradas para manutenção).

Representações Gráficas

  • Mapa (escala 1:2000 ou maior) com a localização prevista para instalação do empreendimento, através de coordenadas UTM, indicando a situação do terreno em um raio de 200 metros, destacando prováveis corpo(s) receptor(es); áreas naturais protegidas (Unidades de Conservação, Reservas Ecológicas e Bens Naturais e Culturais Tombados, entre outros); acessos disponíveis; edificações existentes (inclusive caracterização); direção dos ventos predominantes, etc.;
  • Planta da usina de triagem e compostagem, contemplando os locais de armazenamentos dos resíduos segregados para reciclagem (baias), outras instalações e layout dos equipamentos;
  • Obs: Devem ser apresentadas plantas, desenhos, esquemas, cortes e/ou perfis de todos os detalhes importantes em escala não inferior a 1:50.

Cronograma Físico Financeiro de Implantação e Operação Central de Triagem e Compostagem

  • Identificação das fontes de recursos para investimentos;
  • Indicação do cronograma de andamento das obras da Central de Triagem e Compostagem;
  • Apresentar a estimativa dos custos de construção e dos equipamentos a serem adquiridos.

Observações

  • De acordo com as informações apresentadas e vistoria realizada, o IEMA poderá exigir apresentação de outros estudos/projetos não constantes nesta listagem,
  • A emissão da LP não autoriza a execução de qualquer obra ou funcionamento da atividade no local.
  • Projetos e respectivas plantas devem estar encadernados, assinados e acompanhados com cópia da ART do profissional devidamente habilitado, respeitando as atribuições definidas pelo órgão de classe.
  • O requerimento de CNDA deverá ser dirigido à gerencia de Controle Ambiental do IEMA e assinado pelo sócio-gerente da empresa ou por procurador devidamente autorizado, contendo as informações e documentos abaixo relacionados:
    • nome, CNPJ e endereço completo da empresa, bem como nº do processo administrativo objeto da CNDA caso o processo já tenha sido formalizado.
    • Localização da atividade a ser exercida pela empresa
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