Governo do Estado do Espírito Santo
20/12/2008 12h32 - Atualizado em
05/10/2016 16h52
Governo inicia plano de recuperação e conservação ambiental
O Governo do Estado promoveu, neste sábado (20), em solenidade realizada no Parque Estadual Paulo Cesar Vinha
(PEPCV), o início de três importantes ações para a recuperação e conservação de áreas de proteção ambiental no Espírito Santo.
A secretária estadual de Meio Ambiente, Maria da Glória Brito Abaurre, estreou o programa de recuperação florestal dos Parques Estaduais e divulgou a criação do Programa Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevines, além da ampliação do Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça.
De acordo com a secretária, as ações visam também ao envolvimento das comunidades do entorno na proteção das riquezas naturais do Parque. “Hoje contamos com a mão da comunidade no plantio de forma simbólica, mas esta é de fato a linha de envolvimento que o Governo quer e precisa para a preservação ambiental como um todo”.
“Este é um projeto continuado e o próximo passo é levar este benefício ao Parque Estadual de Itaúnas, onde também ocorreu um grave incêndio. A busca é fortalecer os conselhos, que são formados por membros da sociedade, dar soluções para regularização fundiária, conscientizar os moradores e ter a comunidade como o maior aliado, até mesmo na fiscalização das Unidades de Conservação”, destaca ainda Maria da Glória.
A recuperação dos Parques
O Parque Estadual Paulo Cesar Vinha recebeu as primeiras mudas de um programa que vai recuperar as áreas florestais extintas com o incêndio, provocado por ação humana, que queimou, em oito dias, aproximadamente 400 hectares (27%, em média, da área do Parque), em setembro de 2008.
O Parque receberá cinco mil mudas de espécies nativas e a primeira foi plantada pela secretária. Trata-se de uma ‘Clusia hilariana’, uma das espécies mais comuns e típicas da vegetação de restinga, de flores belas e frutos que se abrem em formato similar ao das flores, o que faz parecer uma segunda floração.
As mudas de restinga foram fornecidas pelo viveiro do canteiro de obras da Infraero e seu transporte foi realizado pela empresa Central de Tratamento de Resíduos de Vila Velha (CTRVV).
O PEPCV foi criado em 1990 para preservar uma faixa contínua de restinga, devido à grande pressão que sofria, na época, com as extrações ilegais de areia. Anos mais tarde, por meio da Lei Estadual nº 4.903, de 16 de maio de 1994, passou à denominação de Parque Estadual Paulo Cesar Vinha, em homenagem a um biólogo, morto em 1993, por defender a preservação da região.
A área possui em torno de 1.500 hectares e abrange aproximadamente 12km do litoral do município de Guarapari. Em seus limites são encontradas todas as 11 formações vegetais atribuídas às restingas do Espírito Santo e espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção, como Jacquinia brasiliensis (pimenteira-da-praia), Pavonia alnifolia (algodoeiro amarelo), Leopardus tigrinus (gato-do-mato) e Chaetomys subspinosus (ouriço-preto).
As restingas são encontradas ao longo de toda a costa brasileira, compondo um dos ecossistemas da Mata Atlântica. No Espírito Santo, as restingas ocupam 48.600 hectares, sendo 17,8% desse total protegidos por Unidades de Conservação.
Prevines
O Programa Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevines) tem como objetivo a proteção das Unidades de Conservação e seu entorno, Áreas Prioritárias para Conservação da Mata Atlântica no Espírito Santo, Áreas de Preservação Permanente, e estabelece as ações a serem desenvolvidas.
A partir de um decreto que será assinado pelo governador Paulo Hartung nesta segunda-feira (22), estão previstas ações como auxilio no controle do uso do fogo, por meio de fiscalização das autorizações de queimada controlada; utilização de instrumentos de monitoramento e previsão climática para identificação das áreas de maior risco de ocorrência de incêndios florestais; garantias de operações de combate a incêndios florestais e vigilância pós-incêndio, necessárias para a garantia das perfeitas condições de sua extinção.
As espécies da Mata Atlântica plantadas vão recuperar a área atingida por um incêndio este ano.
As ações serão coordenadas por representantes do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), e serão realizadas por meio de parcerias com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf); Casa Militar do Governo do Estado; Polícia Militar (PMES); Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec/ES); e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Cachoeira da Fumaça
Nesta segunda (22) também será assinado um outro decreto referente ao Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça, que passará dos atuais 23 hectares para 162,50 hectares, ou seja, mais de 1,6 milhão de metros quadrados.
O parque está situado entre os municípios de Alegre e Ibitirama e possui uma cachoeira com queda d’água de 144 metros de altitude, além de fragmentos florestais característicos da Mata Atlântica. O objetivo geral é a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza.
O local também contribuirá para a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação Seama/Iema
Luana Rebouças – (27) 3136-3491/ 9900-0545
meioambiente.es@gmail.com
(PEPCV), o início de três importantes ações para a recuperação e conservação de áreas de proteção ambiental no Espírito Santo.
A secretária estadual de Meio Ambiente, Maria da Glória Brito Abaurre, estreou o programa de recuperação florestal dos Parques Estaduais e divulgou a criação do Programa Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevines, além da ampliação do Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça.
De acordo com a secretária, as ações visam também ao envolvimento das comunidades do entorno na proteção das riquezas naturais do Parque. “Hoje contamos com a mão da comunidade no plantio de forma simbólica, mas esta é de fato a linha de envolvimento que o Governo quer e precisa para a preservação ambiental como um todo”.
“Este é um projeto continuado e o próximo passo é levar este benefício ao Parque Estadual de Itaúnas, onde também ocorreu um grave incêndio. A busca é fortalecer os conselhos, que são formados por membros da sociedade, dar soluções para regularização fundiária, conscientizar os moradores e ter a comunidade como o maior aliado, até mesmo na fiscalização das Unidades de Conservação”, destaca ainda Maria da Glória.
A recuperação dos Parques
O Parque Estadual Paulo Cesar Vinha recebeu as primeiras mudas de um programa que vai recuperar as áreas florestais extintas com o incêndio, provocado por ação humana, que queimou, em oito dias, aproximadamente 400 hectares (27%, em média, da área do Parque), em setembro de 2008.
O Parque receberá cinco mil mudas de espécies nativas e a primeira foi plantada pela secretária. Trata-se de uma ‘Clusia hilariana’, uma das espécies mais comuns e típicas da vegetação de restinga, de flores belas e frutos que se abrem em formato similar ao das flores, o que faz parecer uma segunda floração.
As mudas de restinga foram fornecidas pelo viveiro do canteiro de obras da Infraero e seu transporte foi realizado pela empresa Central de Tratamento de Resíduos de Vila Velha (CTRVV).
O PEPCV foi criado em 1990 para preservar uma faixa contínua de restinga, devido à grande pressão que sofria, na época, com as extrações ilegais de areia. Anos mais tarde, por meio da Lei Estadual nº 4.903, de 16 de maio de 1994, passou à denominação de Parque Estadual Paulo Cesar Vinha, em homenagem a um biólogo, morto em 1993, por defender a preservação da região.
A área possui em torno de 1.500 hectares e abrange aproximadamente 12km do litoral do município de Guarapari. Em seus limites são encontradas todas as 11 formações vegetais atribuídas às restingas do Espírito Santo e espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção, como Jacquinia brasiliensis (pimenteira-da-praia), Pavonia alnifolia (algodoeiro amarelo), Leopardus tigrinus (gato-do-mato) e Chaetomys subspinosus (ouriço-preto).
As restingas são encontradas ao longo de toda a costa brasileira, compondo um dos ecossistemas da Mata Atlântica. No Espírito Santo, as restingas ocupam 48.600 hectares, sendo 17,8% desse total protegidos por Unidades de Conservação.
Prevines
O Programa Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevines) tem como objetivo a proteção das Unidades de Conservação e seu entorno, Áreas Prioritárias para Conservação da Mata Atlântica no Espírito Santo, Áreas de Preservação Permanente, e estabelece as ações a serem desenvolvidas.
A partir de um decreto que será assinado pelo governador Paulo Hartung nesta segunda-feira (22), estão previstas ações como auxilio no controle do uso do fogo, por meio de fiscalização das autorizações de queimada controlada; utilização de instrumentos de monitoramento e previsão climática para identificação das áreas de maior risco de ocorrência de incêndios florestais; garantias de operações de combate a incêndios florestais e vigilância pós-incêndio, necessárias para a garantia das perfeitas condições de sua extinção.
As espécies da Mata Atlântica plantadas vão recuperar a área atingida por um incêndio este ano.
As ações serão coordenadas por representantes do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), e serão realizadas por meio de parcerias com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf); Casa Militar do Governo do Estado; Polícia Militar (PMES); Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec/ES); e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Cachoeira da Fumaça
Nesta segunda (22) também será assinado um outro decreto referente ao Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça, que passará dos atuais 23 hectares para 162,50 hectares, ou seja, mais de 1,6 milhão de metros quadrados.
O parque está situado entre os municípios de Alegre e Ibitirama e possui uma cachoeira com queda d’água de 144 metros de altitude, além de fragmentos florestais característicos da Mata Atlântica. O objetivo geral é a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza.
O local também contribuirá para a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação Seama/Iema
Luana Rebouças – (27) 3136-3491/ 9900-0545
meioambiente.es@gmail.com
